terça-feira, 26 de julho de 2011

Projeto audacioso

Está em curso uma ideia que, transformada em realidade, será de grande importância para o desenvolvimento socioeconômico da região de Taquaritinga. Trata-se do Circuito das Frutas Tropicais (CFT), que reuniria municípios líderes no cultivo de determinados produtos, responsáveis pelo abastecimento do país. Quem toca o projeto é o presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga, Marco Antonio dos Santos. Como informou recente reportagem do Nosso Jornal, o objetivo do CFT é divulgar as potencialidades desses municípios e inseri-los no mapa do turismo rural, outro filão ainda inexplorado.
Marco dos Santos enxerga no crescimento econômico do país uma boa oportunidade para colocar a fruticultura local e regional no lugar que ela já deveria estar ocupando há muito tempo. Desde quando Taquaritinga deixou de ser a capital do tomate, nos anos 1970, o município desaprendeu a fazer autopropaganda. Falar de si mesmo, nesse caso, é essencial para a atração de negócios. Há uma campanha da Prefeitura incentivando falar bem de Taquaritinga. Isso só faz sentido se os “microfones” estiverem voltados para além de seus limites territoriais.
A ideia em gestação no Sindicato Rural não pode ser desperdiçada, pois tem tudo para ser um instrumento na recuperação da identidade dos municípios envolvidos. Outras regiões, ao se organizarem, conseguiram capitalizar-se com a riqueza que nasce de suas terras e utilizá-la para gerar mais riqueza. É o caso da região de Jundiaí, autointitulada Circuito das Frutas Paulista, responsável por 25% do agronegócio no Estado. São 10 municípios agregando valor a produtos in natura e realizando festas e feiras nos 12 meses do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) destes municípios, juntos, ultrapassa R$ 25 bilhões.
Em abril, esse cinturão de bons negócios lançou um católogo com todas as suas atividades. Nele, pode ser consultada a agenda de eventos, bem como são divulgadas as opções de turismo e lazer, com detalhes históricos, culturais e geográficos. A iniciativa teve o apoio do Sebrae, que cuidou de qualificar os empresários, incluindo os fruticultores. Isso comprova a força de um setor que tem o poder de gerar muitos negócios paralelos. Evidentemente, há um longo caminho a percorrer para pôr em pé o Circuito das Frutas Tropicais, que precisa do apoio dos poderes públicos. O NJ aposta nessa ideia.
EDITORIAL

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