A regulamentação do funcionamento das farmácias está sendo discutida desde o fim do ano passado. O tema colocou em lados opostos a Prefeitura e a Câmara, cada uma desejando estabelecer diferentes critérios de abertura. A chegada da Drogal, empresa pertencente a uma rede de drogarias, foi o estopim do dilema. Sem ir à Justiça, ela conquistou o alvará que a isenta de seguir o sistema de plantão. Assim, com direitos assegurados pelo governo municipal, até agora segue atendendo das 7h30 às 23h, inclusive nos fins de semana.
A exceção aberta desagradou parte dos proprietários de farmácias, que procuraram os vereadores para solicitar alterações na lei do plantão. Assim foi feito, por meio de uma emenda de Amarildo Luís Rocha (PPS). O prefeito Paulo Delgado (DEM) vetou a mudança, por entender que o setor não deve ficar sob o controle da Associação Comercial e Industrial (Acit). Assim, apresentou um novo texto, que entrou e saiu da pauta da sessão da Câmara em 16 de maio.
Na segunda-feira (6), novamente o assunto foi para o plenário. Gefsum Sgarbi (PSDB) entende que a proposta do Executivo tem lacunas, haja vista que duas farmácias de rede estão prestes a abrir suas unidades em Taquaritinga. No segundo semestre, a Big Farma e a Droga Raia devem ser inauguradas no centro da cidade, acirrando ainda mais a concorrência – quase uma drogaria por mil habitantes.
O tema é delicado porque mexe com um setor que funcionava sem sobressaltos. Se essa acomodação não era boa para o consumidor, mudar o sistema de modo que mais estabelecimentos permaneçam atendendo – e por mais tempo – é imprescindível. Também é de suma importância o plantão de 24 horas.
Quanto mais liberdade tiver o setor farmacêutico, melhor para os moradores, uma vez que a diferença nos preços de medicamentos é grande – em alguns itens passa de 30%. É preciso entender que Taquaritinga não se restringe mais ao centro. Quem vive em bairros distantes também merece ser servido por farmácias próximas de suas casas, inclusive nos fins de semana, quando o transporte coletivo é mais escasso.
EDITORIAL DE 11 DE JUNHO
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