segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dilma, a bonequinha de ventríloquo

Dizia eu que Dilma é marionete de Lula. Errei. Vexado, dou a mão à palmatória. Além de marionete é bonequinha de ventríloquo. Daquelas de ficarem sentadinhas no colo do artista comediante e só abrirem e fecharem a boca quando nos impingem a burla de que pronunciam palavras elaboradas por seu próprio cérebro, feito de algodão ou estopa de pano velho. Dilma além de marionete é também bonequinha de ventríloquo de Lula. Pronto, agora está perfeito o raciocínio, por que completo.
Durante a campanha eleitoral à presidência da República o candidato do PT (Partido da Burguesia) era Lula e não Dilma. Nos 20 minutos do Horário Eleitoral Gratuito do PT (Partido da Burguesia) Lula aparecia em pelo menos 19 deles! Lula fez, Lula faz e Lula fará, prometiam os slogans dos marqueteiros pagos a peso de ouro. É Lula aqui, é Lula lá e é Lula acolá, apregoavam as trombetas eleitoreiras oficiais. Dilma aparecia de quando em vez, sorrindo, acenando, calada. E calada deveria ter ficado nos debates realizados pelas emissoras de TV. Quando abria a boca só saíam frases decoradas, números e mais números de estatísticas de veracidade altamente questionável.
Mas o que Dilma não sabia – e nenhum companheiro a alertou – é que depois de eleita, Lula não se contentaria em ser ator coadjuvante, preferindo mesmo continuar encenando o papel principal de articulador da pantomima circense em que o PT (Partido da Burguesia) transformou o palco da política nacional. De sonho idílico, o cargo de presidente da República, dividido com o ex, tornou-se o pior pesadelo de Dilma. Percebe-se que ela ainda não se sente senhora do trono. Ao olhar-se no espelho o que vê? Uma anciã psicologicamente despreparada para o cargo? Uma idosa insegura diante de responsabilidades muito acima de sua limitada competência administrativa? Uma cidadã da terceira-idade temerosa de arcar com os fracassos originados de decisões equivocadas? Ao olhar-se no espelho o que vê, a presidente Dilma?
Recentemente Lula voltou a meter a colher em prato alheio. Que está intervindo acintosamente nos bastidores do governo já é do conhecimento de todos nós brasileiros, mas que sua petulância chegaria ao ponto de ligar para uma ministra de Dilma e fazer-lhe cobranças, ah! isso jamais nos passaria pela cabeça. Seria muita, muita cara de pau do ex, não é mesmo? No entanto, foi exatamente o que Lula fez.
Abusarei da paciência dos amigos leitores transcrevendo esta pequena nota da VEJA: Lula, “ultrapassando o bom-senso e os limites”, “pegou o telefone e ligou para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que ocupava o mesmo cargo no fim de seu governo. Exigiu – repetindo: exigiu – que ela apressasse a licença ambiental definitiva de Belo Monte, prometida há tempos pelo Ibama e, afinal, liberada na quarta-feira passada. Em determinado momento da conversa, o impertinente disse: ‘Porra, Izabella, você está me prometendo isso desde agosto’”.
Compreenderam agora aonde quero chegar? Afinal de contas, quem está no comando do governo federal, em Brasília? A presidente Dilma ou o ex Lula? Quem dá ordens diretas aos ministros? Dilma ou Lula? Quem, carambolas, está apitando o jogo: o juiz ou o gandula?
PROF. GILBERTO TANNUS

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