segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CIDO GUARDA-CHUVA

Taquaritinga perdeu uma pessoa muito querida na terça-feira (25). Aparecido Rodrigues, mais conhecido como Cido Guarda-Chuva, de 54 anos, morreu na Santa Casa de Araraquara na segunda-feira (24), de falência múltipla de órgãos.
Lá, ficou internado sete dias. Em razão de um problema nos rins, ele retirou o cateter que usava, o que provocou uma infecção no coração. Depois de ser encaminhado às pressas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), passou por uma cirurgia e, ao fazer a hemodiálise, não aguentou.
Três vezes por semana, Cido passava pelo processo de filtragem do sangue em Araraquara. Um de seus rins estava paralisado e o outro funcionava parcialmente.
Nascido em Fernando Prestes no dia 8 de setembro de 1956, Cido, como gostava de ser chamado, veio para Taquaritinga nos anos de 1960. O menino pobre e dócil, apesar de ser portador de pequeno distúrbio mental, logo conquistou a simpatia da comunidade.
Cido ficava na Praça da Matriz de São Sebastião e era ajudado por pessoas que moravam na vizinhança, que até o levavam ao dentista. Seus pais se chamavam Antonio Rodrigues e Helena Teixeira Rodrigues.
O primeiro lar do garoto foi a casa de dona Isa Donatto. Nos últimos 15 anos, morou no Lar São Vicente de Paulo.
Sempre com sorriso estampado no rosto, Cido era apaixonado por Carnaval e não perdia sequer um ano. “O bloco Batata Doce era a alegria dele”, disse o presidente do Asilo, Osmar Cremma Júnior. Também participava do Desfile de Bonecas, mandando seu recado: nada de briga – e aproveitava para convidar todo mundo para a missa. Aliás, ele acompanhava quase todas as missas da Matriz.
Durante o velório, o grupo mandou uma coroa de flores brancas e roxas, as cores do Batata Doce. A camiseta com que ele desfilaria foi colocada dentro do caixão. O grupo carnavalesco prepara uma homenagem a ele para o Carnaval deste ano. Além disso, a agremiação promete um samba em homenagem ao saudoso integrante.
Um fato raro aconteceu no final do velório: cantando, o cortejo acompanhou o caixão até o cemitério.

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