segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Comércio tem maior saldo de contratações

O comércio varejista foi o setor com melhor saldo de contratações nos primeiros dez meses de 2010, de acordo com pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No período, foram admitidos 569 vendedores e demitidos 489. O saldo de 80 contratados é 158% maior que o verificado de janeiro a outubro do ano passado, quando o resultado foi de apenas 31.
Em números absolutos, de longe a agricultura é que mais gerou postos de trabalho (1.532), mas também é a área que mais dispensou (1.696), projetando um saldo negativo de 164. O número deve aumentar com o fim da safra da cana.
Em média, a remuneração dos trabalhadores do campo foi de R$ 653,63, segundo o Caged, órgão do Ministério do Trabalho.
Entre as ocupações pesquisadas, as que mais se destacaram em saldo positivo de contratações são: operador de máquina de costura de acabamento (68), motorista de caminhão (46) e auxiliar de escritório (44).
Os ordenados mais altos no mercado formal de trabalho em Taquaritinga, pagos no período, são o de motorista de caminhão e o de pedreiro, que se aproximaram de R$ 1 mil. Na outra ponta, estão os trabalhadores agropecuários, que receberam um salário mínimo.
Cada profissão apresentou índice diferente de reajuste no setor privado em Taquaritinga, conforme o levantamento do Caged.
O salário médio de vendedor no comércio oscilou 32%, passando de R$ 602,88 de janeiro a outubro de 2009 para R$ 766,34 no mesmo período deste ano. Portanto, bem acima da inflação do período, que esteve abaixo de 5,0%.
A ocupação de repositor de mercadorias, que também está ligada ao setor comercial, registrou aumento de 8,77%, passando de R$ 555,82 para R$ 604,60.
Outra carreira com crescimento de ganhos acima da inflação é auxiliar de escritório. Em 2009, esse profissional recebeu em média R$ 636,29 por mês e agora ganha R$ 716,97, 12,6% a mais.
“Salário é um preço, que também reflete a lei da oferta e da procura. A ascensão traduz a expansão da procura, consequência da aceleração do nível de atividade”, disse o economista Vicente Golfeto, da Associação Comercial de Ribeirão Preto. “E a tendência – pelo que se tem notado – é um contínuo crescimento do salário, porque o nível de atividade tende a continuar se expandindo.”
NILTON MORSELLI

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