segunda-feira, 27 de setembro de 2010

De comerciante a taxista

Depois de fechar a
sorveteria do Cine São
Pedro, Laurentino Amato
assume nova profissão
aos 69 anos


Depois de 32 anos trabalhando como comerciante na Sorveteria Popular, na esquina do Cine São Pedro, Laurentino Amato não abandonou o trabalho. O estabelecimento foi fechado no começo do mês porque a Prefeitura o comprou para restauração.
Mesmo aposentado, aos 69 anos, decidiu ser taxista e fixou seu ponto na Praça Dr. Horácio Ramalho há quase 15 dias. Por volta das 7h, seu Laurentino já está com seu Palio estacionado, aguardando a primeira corrida. “Estou muito contente”, afirmou.
Dois meses antes de baixar as portas da sorveteria, o então comerciante começou a preparar os documentos para ingressar na nova profissão. “É uma maravilha. Se eu soubesse que ia ser tão bom assim teria começado há mais tempo”, disse, relatando que é como se tivesse “ganhado na esportiva.”
Diariamente, seu Laurentino faz em média 14 corridas. “Gastei quase dois mil reais com placa, taxímetro, mas não importa. Vou ficar nas ruas da cidade até Deus me dar saúde”, completou ele, com um sorriso estampado no rosto.
Dona Maria, esposa do mais novo taxista da cidade, também não perdeu o pique. Aos 67 anos, ela tem em sua residência um jardim e uma horta, que cuida com muito carinho. Esses são os ambientes onde ela passa a maior parte do tempo. “No começo, eu até achei que ia ficar derrubada, mas, pelo contrário, estou mais feliz do que antes”, contou Maria, que vai se aposentar no próximo ano.
Para ela, estar de volta para a casa é uma realização. “Eu não me esqueço dos 32 anos vividos na sorveteria do prédio Cine São Pedro, mas agora também está muito bom”, garantiu. “Hoje é só eu e meu marido. Graças a Deus, os nossos quatro filhos já estão crescidos e criados. Foi graças à sorveteria que os quatro estão como estão hoje, bem empregados e bem de vida. Temos uma família muito feliz”, finalizou dona Maria.
NATALIA GALATI

Nenhum comentário:

Postar um comentário