Os 50 anos da banda de Jurupema

Dezessete de abril de 1960 não foi um domingo qualquer por dois motivos. Era domingo de Páscoa e dia de festa em Jurupema. Como, a partir de então, o distrito passaria a ter sua banda, a Corporação Verdi e Gomes, tinha de haver inauguração, estreia, lançamento. Impecavelmente vestido de terno completo, o professor Oswaldo Andrade de Lacerda proferiu o discurso com a entonação de sempre, a plenos pulmões.
Também a plenos pulmões os músicos tocaram, sob a regência do maestro Carlos Amêndola, para receber os aplausos. Muitos aplausos. Hoje, essa cena completa meio século, mas ainda está fresca na cabeça do pistonista Antonio Dian, que considera a banda a extensão de sua família.
A formação original: José Dian, o Juca, Nadir Dian, Terige Pavasi, Felício Sumam (falecidos), Angelo Morcelli, Idimo Rossi, João Rossi, Jurandir Geraldi, João Caetano, José Afonso Bussadori, Claudenir Rossi, José Volante, Antonio Osmar Lugli, Antonio Dian, Idevaldo Dian, Neuradir Dian, Jurandir Dian e Servilho Sartori. Hoje, são 12 ou 13 componentes.
Na época, muitos colaboradores fizeram a banda acontecer: Nacime Gabriel, José Arnoni, Yaft e Antenor Ariolli, entre outros. O nome Verdi e Gomes é uma homenagem a dois grandes maestros, o italiano Guiseppe Verdi e o brasileiro Carlos Gomes.
As apresentações hoje não são frequentes, mas de vez em quando são realizadas. No ano passado, na comemoração dos 90 anos do professor Lacerda, lá estavam eles na porta da Igreja de São João Batista.
Seu Antonio Dian, que deixou de tocar profissionalmente, foi componente de Harley e Sua Orquestra, de Catanduva, por 25 anos. Esteve no palco em 44 carnavais. Em fevereiro agora, aos 68 anos, ele reviveu um pouco dessa alegria: tocou na Jardineira da Tarde e, com a Banda Matrix, nas aberturas do Trio Elétrico Batatão.
Publicado no Nosso Jornal de 17 de abril de 2010
NILTON MORSELLI