O vereador Gefsun Sgarbi (PSDB), em uma sessão da Câmara Municipal (7/6), teve um bate-boca com outro vereador. Coisa de somenos importância. Discutia-se a quadratura do círculo: nome de ruas. Sempre respeitei o médico Gefsun Sgarbi pela competência profissional (um dos melhores em sua especialidade). Passei a respeitá-lo ainda mais, desta feita como homem público, quando, num exemplo de honradez político-partidária deixou o PT por não concordar com o mensalão, os dólares na cueca e o rumo antiético tomado pelo Partido dos Burgueses, ôps!, Partido dos Trabalhadores. Sgarbi tornou-se um modelo de integridade, posto que, à época de sua desincompatibilização partidária o PT já estava no poder, distribuindo às mancheias cargos e empregos aos correligionários e distinta parentela (pequeno-burguês é aquela merda). Mas, o que tenho eu com isso? Cada um que venda seus princípios pelo preço que bem entender. O mercado de compra e venda de consciências jamais fechará as portas no país da eterna República Velha – coronelismo, voto de cabresto e uso hipócrita da regra franciscana do “é dando que se recebe”, típico dos conchavos espúrios. Gefsun Sgarbi, dignamente, abriu mão de privilégios e otras cositas más no exato instante em que poderia – como outros o fizeram e fazem – chafurdar-se na lama fétida da corrupção e do usufruto ignóbil dos “favorecimentos” mamados às tetas fartas da vaca estatal.
Outro vereador que pautou seus trabalhos na ética e na honradez foi o Alexandre Nunes – mantendo incólume a tradição de honestidade com a coisa pública, marca registrada da família Nunes da Silva, e iniciada por seu avô Dr. Adail, o saudoso “Negão”. Desistam os que pensam poder comprá-lo com trinta moedas, com o dinheiro sujo roubado à merenda das crianças e do remédio dos idosos. Lúcido, esclarecido, honesto, Alexandre nunca trairá os ensinamentos fundados na idoneidade e na integridade, recebidos diretamente do pai, o competente e corajoso promotor de justiça Flávio Nunes.
A bem da verdade, a família Nunes da Silva foi “investigada” de todas as maneiras possíveis e imagináveis por seus adversários políticos, na esperança vã de encontrarem algum deslize que pudesse comprometer sua imagem ou diminuir a confiança que nela depositam os eleitores taquaritinguenses. Quebraram a cara.
Já escrevi sobre o assunto e volto a fazê-lo, por sentir-me honrado em ter uma coluna no mesmo jornal em que Augusto Nunes publica seus artigos. Polemista inteligentíssimo – esgrime com perícia ímpar a temível arma dos argumentos ferinos, profundamente cortantes como o fio de uma navalha –, à frente d´O Estado de São Paulo, Augusto foi assediado por um deputado federal que lhe ofereceu centenas de milhares de dólares para publicar artigos e reportagens que destacassem seu “trabalho” no Congresso. Augusto não só não se vendeu como trouxe a público a criminosa proposta. Pessoas como os Nunes da Silva e Sgarbi não vendem nem traem seus princípios, seus valores familiares, sua integridade e sua consciência. Podem perder uma eleição, mas, incorruptíveis, jamais abrirão mão do direito de andar de cabeça erguida entre os homens honestos.
GIBERTO TANNUS
Publicado no Nosso Jornal em 19 de junho de 2010
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