Li, no final da última semana, apenas no jornal “Folha de S. Paulo”, que o delegado de polícia Renato Fleury, filho do famigerado e falecido delegado de polícia civil de São Paulo, Sérgio Paranhos Fleury, foi demitido pelo governador por atos de corrupção. Goldman, hoje governador, foi um dos perseguidos pelo pai do demitido, nos anos de chumbo da ditadura militar. Não acho que tenha sido vingança, evidentemente. Quem puxa os seus, não degenera, diz antigo ditado, e o filho puxou o pai.
Certa vez, no DOPS, durante a ditadura, o delegado Flery resolveu interrogar o taquaritinguense Reinaldinho Morano, então estudante da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e hoje o conceituado médico psiquiatra Dr. Reinaldo Morano Filho, que clinica na Capital do nosso Estado. Inopinadamente, Fleury deu um coice na parte superior da coxa direita do Reinaldinho, e a cabeça do fêmur do então estudante saiu do encaixe, cujo nome medicinal não sei. Sem motivo nenhum. O pai do Reinaldinho, o nosso saudoso fotógrafo Reynaldo Morano, contou-me o caso, na época, e caiu no choro.
Sérgio Fleury, que hoje está instalado no quinto dos infernos do livro de Dante Aliguieri, torturou e matou quanto quis, em nome dos militares. Era sádico, não era normal, e infundia medo tanto aos policiais civis como aos próprios militares. Morreu afogado e bêbado, à noite, depois de tomar ótimas doses de uísque, caindo de um iate ao mar em Ilhabela, e a imprensa até hoje tem medo de tocar nesse assunto.
FLANS
Leia a coluna completa na edição impressa
Nenhum comentário:
Postar um comentário