Precisamos crescer

O emprego desfilou como estrela de primeira grandeza em muitas campanhas eleitorais de Taquaritinga. Computados os resultados das urnas, a estrela era sumariamente engolida pelo buraco negro do esquecimento. O desenvolvimento econômico e social, na verdade, nunca foi prioridade para a administração pública. Erra o político que relega o assunto a segundo plano ou o deixa apenas entregue ao sabor do mercado. Ações efetivas das esferas governamentais são altamente decisivas no crescimento empresarial de uma cidade. Com elas, é possível criar condições positivas ao surgimento de empreendimentos geradores de emprego e renda.
O melhor exemplo disso foi a criação do Núcleo de Desenvolvimento Integrado Nadir de Paula Eduardo, o chamado Centro Empresarial. Iniciada no governo de Milton Nadir (PR), a área destinada a receber novos negócios teve continuidade na gestão de Paulo Delgado (DEM). Graças a essa obra, Taquaritinga pôde receber a Pacific Blue, o Frigorífico Marba e a nova sede do Feijão Irano. Agora, está em fase de implantação a Metalprime, uma metalúrgica oriunda de Monte Alto. Em breve, será a MaqMóveis que erguerá seu complexo empresarial.
Para o Centro Empresarial fazer jus ao milionário investimento público, feito ao longo de dez anos, é necessário atrair mais firmas para o seu território. O município – Prefeitura à frente – deveria criar um seminário anual para discutir o desenvolvimento industrial de Taquaritinga, que poderia dar vida a um grupo de profis- sionais cuja missão seria exatamente essa. A experiência de outras cidades já mostrou que isso dá certo. Outro ponto a atacar é cobrar uma velha promessa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), quando ainda estava em seu primeiro mandato: a incubadora de empresas. Essa modalidade de fomento também já demonstrou ser eficiente em outros lugares.
Taquaritinga tem caminhos a seguir, e as trilhas já foram abertas. Basta reunir forças e não ficar esperando de braços cruzados. O bom momento pode passar.
EDITORIAL DE 16 DE JULHO