segunda-feira, 23 de maio de 2011

Palocci, a formiguinha

Nossa! A que nível de baixeza são capazes de descer aqueles que se deixam dominar pelo sentimento mesquinho da inveja! Bastou o Ministro Palocci, do PT (Partido da Burguesia), comprar um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil para a oposição começar a reclamar. Pura dor de cotovelo. Neguinho não tem a competência profissional do Ministro Palocci, do PT (Partido da Burguesia) e ficam botando a boca no trombone procurando chifres em cabeça de cavalo. Ele ganhou alguns milhõezinhos de reais trabalhando denodadamente, suando a camisa (e o terno), criando calos nas mãos (metaforicamente, é claro). Ora, a oposição acredita que as coisas caem do céu? Que no final do arco-íris encontra-se um pote com moedas de ouro para satisfazer a avidez do primeiro preguiçoso que lá chegar? Somente do labor originam-se as riquezas.
Reportagem da Folha revelou que em quatro anos Palocci, do PT (Partido da Burguesia), multiplicou por 20 seu patrimônio. E foi no período em que exerceu o mandato de deputado federal pelo PT (Partido da Burguesia), quando recebeu R$ 974 mil brutos.
A pergunta para a qual a oposição despeitada busca uma resposta razoável é: de onde vieram os R$ 7 milhões a mais que não fecham nesta conta? Vamos, venhamos e convenhamos. É muita petulância desses ressentidos alimentarem a mínima dúvida ou a mais leve suspeita sobre a origem honesta desse dinheiro. É evidente que Palocci, do PT (Partido da Burguesia), arregaçou as mangas e labutou incansavelmente, amealhando cada centavo que o tornou, em quatro anos, um verdadeiro milionário. Dando um exemplo de previdência financeira aos brasileiros – que jogam dinheiro pela janela, torrando em apenas uma semana o vultoso salário mínimo de R$ 545 decretado pela Dilma – o atual ministro-chefe da Casa Civil poupou, economizou e se deu bem. Em sua infância deve ter lido a fábula de Jean de La Fontaine e seguiu os passos da formiguinha e não da cigarra cantora. No verão guardou as folhinhas que caiam fartamente das árvores, preparando-se para as agruras do inverno.
A oposição que faça o mesmo que a formiguinha, ou melhor, que Palocci, do PT (Partido da Burguesia) fez. Emule-o, ao invés de acusá-lo levianamente. Afinal, como afirmou o ex-presidente Lula: até prova em contrário, todos são inocentes. Coloquemos um ponto final neste assunto e tratemos de outro, completamente distinto.
Tenho o hábito de ler dicionários. Li dezenas deles. Atualmente devoro as páginas do Dicionário de Sinônimos e Antônimos de Francisco Fernandes. Enriquecemos nosso vocabulário e aprendemos a expressar de diferentes maneiras um único pensamento. Vejam. Quando queremos chamar um político de ladrão podemos tratá-lo também de gatuno, larápio, ratoneiro, biltre, patife, maganão, velhaco. E mentiroso? Embusteiro, enganador, fingido. E o político que se apodera de dinheiro público para aumentar seu patrimônio? Eis, na página 760, a definição de ROUBO: furto, ladroeira, ladroagem, latrocínio, pilhagem, rapina, piratagem, saque, esbulho. E venal, um político venal, o que é? Subornável, corruptível, corrupto. Não é interessante? Pena existirem tão poucos adjetivos para definirmos o caráter de nossos políticos, não é mesmo?
PROF. GILBERTO TANNUS

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