terça-feira, 15 de março de 2011

Mãe e filha deixam-nos boas lembranças

Irmã de minha mãe, Maria Rosa era a filha mais nova dos imigrantes portugueses Avelino e Maria da Glória, oriundos de Trás-os-Montes e proprietários do Hotel Português, nesta cidade pérola da araraquarense.
Depois de ter dois filhos, nasceu a menina Isabel Cristina, nome este proveniente de uma belíssima personagem da famosa novela O Direito de Nascer, na década de 50.
Como éramos quase da mesma idade, quando crianças, às vezes, passava o dia em casa de minha tia Maria, ora conversando com a saudosa “madrinha” – Maria da Glória –, ora brincando com os irmãos Isabel e Ângelo.
No quintal da casa, havia uma jabuticabeira; até hoje não vi nada semelhante. Quanta brincadeira!
Chegando a hora do almoço, lá vinha a tia Maria com o prato pronto – como ela sempre gostava de fazer –, com uma comida bem temperada, acredito ser herança dos pais hoteleiros.
Isabel formou-se professora de Geografia (lecionou pouco tempo), fez o curso completo de acordeão no Conservatório Musical de Taquaritinga, ingressou na agência local do Banespa (hoje Santander) e aposentou-se como bancária, sendo muito querida de todos.
Quis o destino, inexplicavelmente, que um câncer lhe invadisse sua alma e sua vida, trazendo sofrimento a todos, principalmente ao marido e aos dois filhos, Tiago e Gustavo.
Guerreira como sempre, lutou muito; tentou inverter a situação, procurando o tratamento adequado; mãe e esposa zelosa, preocupava-se incontinenti com o marido e os filhos.
A última vez que a vi foi no dia de seu aniversário, 27 de janeiro, quando fui cumprimentá-la no hospital em Ribeirão Preto.
Sabemos que, em muitos casos, ainda é incurável essa triste doença. Após muito sofrimento, chegou o dia em que o Todo Poderoso mostrou a sua compaixão, amenizando o sofrimento dela e levando-a para a morada eterna. Triste domingo!
Como são insondáveis os desíg-nios de Deus! Três dias após seu passamento, a tia Maria – há vários anos acamada – também nos deixou. Quarta-feira de fogo!
Embora inconsciente, teria a mãe esperado o falecimento da filha, ou esta veio buscar a mãe?
Direito de nascer! Direito de viver! Direito de morrer! JUNTAS!
PROF. LUIZ ROBERTO WAGNER

Nenhum comentário:

Postar um comentário