segunda-feira, 14 de março de 2011

Carnaval

A nota dissonante deste Carnaval fica por conta dos desfiles, que estão cada dia mais chatos, por apresentarem alegorias repetidas e sem a pompa que a festa merece. A razão dessa derrocada é a falta da imposição de uma disciplina por parte da organização. Simplesmente, não há regras a seguir, cada bloco faz o que quer, talvez pela ausência da concorrência entre eles. Um simples caixote com som estridente e irritante vira atração. Passistas descem fumando e bebendo cerveja, numa total falta de educação para com o público. Gente que desfilou volta pelo mesmo trajeto atrapalhando quem está se apresentando. Como pouco ajuda, a Prefeitura faz de conta que não vê. Justiça seja feita: há exceções, grupos que tentam profissionalizar suas agremiações.
O futuro do Carnaval de Taquaritinga está nos blocos e no Trio Elétrico Batatão. A Jardineira da Tarde, cordão que surgiu em 2009, foi a melhor notícia dos últimos anos. Além de reunir os nostálgicos dos bons e velhos carnavais de salão, a banda atrai as novas gerações e revigora o brilho das marchinhas tocadas ao vivo. Neste ano, mesmo sob a chuva, a Jardineira provou que veio para ficar. O interessante é que ninguém paga nada para se divertir, e a organização é bem menos onerosa e complicada do que para botar uma escola de samba na rua.
O Batatão também mostra que tem vida longa, desde que sua programação seja incrementada. A estrutura e o sistema de segurança adotados pela atual administração reduziram drasticamente a violência. Resta, agora, profissionalizar o evento, com a criação de camarotes e a diversificação das atrações, única forma de capitalizar a festa e atrair turistas. É necessário tratar do assunto desde já.
EDITORIAL

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