segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ENERGIA MAIS CARA

Sem prévio aviso, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) cancelou a chamada tarifa social dos consumidores que eram beneficiados pelo desconto. Uma carta explicativa chegou junto com a conta de janeiro, aumentada em até 100%. No comunicado, a empresa detalha como o cliente deve proceder para se enquadrar no benefício: estar cadastrado em algum programa social do governo, receber meio salário mínimo, entre outras condições.
Foi o ex-presidente Lula (PT) quem, um ano atrás, assinou a medida que acertou em cheio as famílias mais pobres. Para excluir residências de baixo consumo da tarifa social, a CPFL e as outras fornecedoras de energia do País se valeram da Lei Federal 12.212, publicada em 20 de janeiro de 2010. Ela previa até dois anos para sua implementação, mas as companhias a puseram em prática 12 meses depois. Portanto, não adianta reclamar: as energéticas contaram com a camaradagem do governo.
Mesmo as pessoas que realmente precisam do benefício e se enquadram em todas as exigên-cias (e são muitas) tiveram a tarifa social suspensa. Portanto, em janeiro pagarão mais caro. Elas terão de juntar a documentação e levá-la a um escritório da companhia para ter de volta o desconto, que é considerável.
Chama a atenção o fato de a lei, baixada um ano atrás, não ter sido sequer comentada durante a campanha eleitoral. As mudanças nas regras da tarifa social pegaram de surpresa até mesmo a grande imprensa.
EDITORIAL

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