segunda-feira, 29 de novembro de 2010

“Porrada, porrada, porrada...”

Há algo de podre, muito podre, muitíssimo podre no reino da Dinamarca. Menores de idade, em uma avenida da cidade de São Paulo, agrediram com violência bestial pessoas que nada lhes fizeram – a não ser é claro, terem a infelicidade de cruzarem com eles em uma via pública. Quebraram uma lâmpada no rosto de um jovem que se dirigia ao trabalho, acompanhado por dois amigos.
Os agressores são da classe média alta e estudaram em boas escolas particulares. Das quais, diga-se de passagem, foram expulsos ou convidados a não se matricularem no ano seguinte, por questões de disciplina. Destas poucas pinceladas biográficas depreende-se tenham tido uma formação familiar e uma educação escolar razoável, suficientes para lhes possibilitar conviverem pacificamente entre seus semelhantes.
As cenas da agressão gratuita e sem nenhum sentido foram registradas pela câmara de um banco e testemunhadas por um segurança que prontamente interferiu, impedindo que os “di menor” continuassem a dar socos e pontapés no rosto da vítima, caída na calçada, com as faces cobertas de sangue. O filme, de apenas alguns minutos, nos mostra toda a maldade que mora no coração do ser humano, sua insensibilidade diante do sofrimento alheio, seu egoísmo, sua fúria, seu ódio capaz de tudo destruir, arrasar... Senhores, o homem é o lobo do homem. Na pré-história assassinava outros homens usando pedras e pedaços de pau, na Idade Antiga e na Idade Média com flechas e espadas, na Idade Moderna com armas de fogo, canhões, e, na Idade Contemporânea fazendo-os virar poeira em meio a uma explosão atômica. Tivemos progresso tecnológico, mas não evolução da humanidade. A criança que acaba de nascer, agora, neste exato instante em que os amigos leitores estão lendo este artigo, nada tem de diferente – intelectual, emocional e psicologicamente – de uma criança que veio ao mundo no ano de 2000 a.C., no Egito dos faraós. Trata-se de uma fera que terá de ser domesticada com o verniz cultural de nossa época, educada pelos padrões éticos, morais e religiosos de nossa sociedade. Quando os pais e educadores falham nessa tarefa, ou então, a personalidade infantil que deveria ser moldada para o bem é “defeituosa”, isto é, incapaz de absorver qualquer ensinamento ético e moral, temos o “nó cego”, o psicopata, o criminoso, o porcaria que veio ao mundo somente para aporrinhar a família, os vizinhos, o bairro, a cidade, o estado, o país e o mundo. Seu lugar: atrás das grades, dentro de uma jaula, vivendo como o animal que é, ou sentado em uma cadeira que anda fazendo muito falta por essas bandas, a cadeira elétrica. Ah! E a família é que deve pagar pela energia elétrica gasta inutilmente. (Vichê! Isto aqui está parecendo a coluna do FLANS! Plágio? Que nada! Faltaria à estas linhas o essencial, e que FLANS tem de sobra: a perspicácia inteligente unida à leveza de um estilo simples, popular, porém mordaz e profundamente irônico. O que torna inigualáveis os textos do consagrado promotor escriba).
Entretanto, para não quebrarmos o clima, encerrarei à “la FLANS”, com uma piada infame. CARTINHA DE NATAL Querido Papai Noel! Este ano você levou meu cantor e dançarino favorito Michael Jackson, meu ator favorito Patrick Swayze, a minha atriz favorita Leila Lopes! Quero lembrar a você que o meu político favorito é o Lula.
PROF. GILBERTO TANNUS

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