segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Marmita?

Quem me contou a história de hoje foi o Paulo Roberto, leitor e amigo que presenciou este acontecimento em 2004.
Depois de “tomar todas” no recinto da Festa do Peão, um mineirinho morador na cidade de Guariba saiu à procura de um lugar para comer.
O cara era uma figura. Banguela é vestido igual aos peões de boiadeiro: cinturão, calça, camisa country, chapéu e óculos escuros.
Depois de caminhar por vários quarteirões, deu de frente com uma grande placa luminosa contendo os seguintes dizeres: Marmita, 24 horas.
– Oba, é aqui mesmo que vou bater um rango legal –, pensou.
O personagem apertou a campainha e foi logo atendido pelo encarregado da casa. Com seu jeito de pessoa muito simples, foi logo dizendo:
– O sinhô podi mi vendê uma marmita?
O funcionário resolveu tirar um sarro no mineiro e respondeu:
– É claro que sim.
– Quanto custa esse trem? – devolveu o rapaz.
– Depende do tamanho... Entre e venha escolher.
Levou o moço para os fundos do estabelecimento, abriu uma porta e falou:
– Qual delas você quer levar?
No local, havia mais de trinta caixões de defunto. O cidadão levou um baita susto, que sarou da fome e da bebedeira na mesma hora.
– Cruuuuuz crédooooo – gritou, saindo em disparada. Desapareceu como um raio. O Paulo Roberto me disse que o mineirinho deu muito azar. Não conhecia a cidade e foi comprar comida justamente na Funerária do Marmita.
Angelo Bartholomeu, o Angelim, é cabeleireiro e gosta de ouvir e contar causos

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