segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições

Cá entre nós, sinceramente, o amigo leitor acredita mesmo que adiantará alguma coisa comparecermos às urnas, no neste domingo, e votarmos para presidente da República e Cia. Ltda.? Acredita? Então deve também acreditar em Papai Noel, em duendes e na Lei da Ficha Limpa?
O que não me entra na cabeça, como cidadão, é ser obrigado a votar, contra a minha vontade. Acordar cedo no domingo, enfrentar fila, isolar-me atrás de um ridículo biombo de papelão e para quê? Anular o voto! Tem algum sentido isto? Fala sério.
Caso no último instante mude de ideia honrarei com meu voto o nobre candidato Tiririca (slogan: “Vote no Tiririca, pior do que tá não fica) ou então a distinta candidata Gabriela Leite (slogan: “Uma puta deputada”). Curriculum vitae: ele palhaço, ela prostituta. Votarei no palhaço ou na prostituta. Uai! Não é para melhorarmos o Congresso Nacional? Então...
Enquanto isso em Brasília a roubalheira corre solta. Todos os dias milhões de reais desaparecem, sem deixar vestígio, no ralo da corrupção. Infelizmente o presidente Lula não vê nada. Seria bom o ex-metalúrgico recorrer urgentemente aos préstimos de um oftalmologista. Quer me parecer que Lula não está enxergando um palmo diante do nariz. As maracutaias sendo tramadas na sala da Casa Civil e o Chefe do Executivo sem saber de nada.
Pior, no entanto, é a atitude irra-cional do presidente Lula diante da revelação, por parte da imprensa, de evidências irrefutáveis de corrupção no Palácio do Planalto. Ao invés de agradecer aos meios de comunicação pelo corajoso trabalho investigativo que expõe à luz do dia as vísceras das negociatas no governo, Lula critica a imprensa livre. Isso me faz lembrar daquela velha piada do marido que, chegando inesperadamente em casa, pegou em flagrante a esposa fazendo amor com o vizinho, no sofá da sala. Que fez ele? Vendeu o sofá. Ou seja: livramos a cara dos ladrões do erário público e perseguimos jornalistas honestos que os denunciam.
Não assisti, mas disseram-me que no debate dos candidatos à presidência da República, realizado pela TV Record, Plínio de Arruda Sampaio colocou todo mundo no chinelo. Deu uns bons puxões de orelha na Dilma, no Serra e na Marina. Merecidos, aliás.
Dilma é um produto fabricado pela propaganda de marqueteiros profissionais. Estes conseguiram passar para os eleitores a falsa ideia de que o adversário do candidato Serra é o presidente Lula e não a candidata Dilma. Serra disputa a eleição com Lula e não com Dilma.
Algo muito difícil – ou melhor, impossível –, é encontrar um professor que votará em Serra e no Geraldo Alckmin. Se ambos precisarem, para remédio, de um único voto do magistério, morrerão à mingua. Quem planta vento colhe tempestade.
PROF. GILBERTO TANNUS

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