segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Alckmin! Alckmin! Alckmin!

Uau! As eleições do domingo passado saíram muito melhor do que o esperado. O palhaço Tiririca foi eleito deputado federal com quase um milhão e meio de votos. Agora é esperar quatro anos e elegê-lo senador. Depois governador e então – o céu é o limite! – presidente da República. Se Lula, um ex-metalúrgico que mal completou as quatro séries do ensino primário pôde, por que Tiririca não pode? Não gastaríamos um único centavo com a propaganda do candidato circense. Faríamos tão somente algumas pequenas adaptações, tais como: “Vocês sabem o que um presidente faz? Não! Nem eu. Mas depois que eu for eleito eu conto pra vocês”. Com Tiririca no cargo maior do governo nacional tenho certeza que “a Europa curvar-se-á ante o Brasil”. Novamente.
E o Geraldo Alckmin? Fez bonito o rapaz. Levou no primeiro turno. Mercadante patinou, patinou e lá ficou, atolado no segundo lugar. A bem da verdade, a vitória de Alckmin me deu alguma esperança de que o brasileiro, finalmente, está aprendendo a votar. O eleitor paulista deixou bem claro que não quer o PT administrando o Estado bandeirante e mexendo com o dinheiro dos cofres públicos. O caso do mensalão, da quebra do sigilo fiscal de adversários políticos, as maracutaias perpetradas na sala da Casa Civil, etc, etc, etc e etc, não inspiram nenhuma confiança aos eleitores paulistas em relação ao “novo PT”. (O antigo PT era o idealista, lembram-se? O atual é o “novo”: aquele que expulsou de suas fileiras Heloísa Helena, Luiza Erundina, Hélio Bicudo, etc, para conseguir colocar em prática um programa mais “pragmático” – digamos assim – de ascensão ao poder).
Em artigo anterior escrevi que anularia o voto: fi-lo, porque qui-lo. Afinal, palavra de homem é uma só e não volta atrás. Ou como o gaúcho prefere dizer: “Palavra de homem é um tiro, tchê!”. No entanto, a vitória de Alckmin me leva a pensar se não seria melhor, no próximo pleito, votar no Serra para empacotar a Dilma e o “novo PT” de uma vez por todas. Estou querendo acreditar que o povo brasileiro tem vergonha na cara e não aceita as negociatas mal explicadas do PT, o desrespeito à privacidade pessoal e fiscal dos cidadãos praticado por petistas aloprados – como os apelidou o presidente Lula –, a prepotência política e o despreparo administrativo da candidata Dilma e otras cositas más.
Para não dizer que não falei das flores, fica tudo mais ou menos combinado. Fechamos com Serra e tudo bem. Às urnas, brasileiros! Com uma só cajadada mataremos dois coelhos: afastaremos uma ex-guerrilheira do Palácio do Planalto e o “novo PT” da cena política – pelo menos por algum tempo.
Por outro lado, se Serra for eleito presidente comerá o pão que o diabo amassou das mãos da oposição. Derrotado, o “novo PT” estrebuchará como cobra mal matada. Organizará greves, pedirá CPIs aos milhares contra o governo e exigirá honestidade e integridade por parte dos administradores tucanos. É aquela velha história de sempre, sem tirar nem pôr: faça o que eu digo e não o que eu faço. O adágio símbolo do “novo PT”.
PROF. GILBERTO TANNUS

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