terça-feira, 8 de junho de 2010

... E Taquaritinga cresceu para cima

Há quarenta anos, Taquaritinga tinha quase a metade do tamanho atual, tanto em área habitada quanto em número de habitantes. Quando circulou a notícia de que o município ganharia seu primeiro prédio de apartamentos, surgiram comentários de todos os tipos. Quem vai querer morar empoleirado?, perguntavam os sempre prontos a criticar. Que bom, estamos crescendo!, recitavam os que apostavam na obra.
As cidades que apresentavam surtos de progresso na época começaram a ganhar arranha-céus. Para o empreendedor Joaquim Carvalho Gomes, Taquaritinga tinha de acompanhar essa marcha, pois estava prestes a completar 100 anos de fundação. O local escolhido foi uma esquina da Praça 9 de Julho (hoje, Dr. Horácio Ramalho), onde estava o metro quadrado mais caro e cobiçado na década de sessenta.
Nascia o Edifício Cidade de Taquaritinga, o prédio cor-de-rosa, “um bloco monolítico, de linhas arquitetônicas modernas”. Joaquim, mais um grupo de homens, enfrentaram e venceram o desafio de pôr em pé uma obra como essa na terra conhecida nacionalmente como a Capital do Tomate. Em 1969, o edifício já estava pronto para a inauguração.
Outros cinco, mais altos e mais modernos, despontaram nos céus de Taquaritinga – Solar dos Coqueirais I e II, Solar Itapuã, Edifício Koba e Solar Martinelli – somente no final da década de oitenta. Parou por aí.
NILTON MORSELLI
Publicado no Nosso Jornal em 5 de junho de 2010

Um comentário:

  1. O Edifício Cidade de Taquaritinga fez parte da minha Vida. Logo que foi inaugurado, fui um dos primeiros moradores do Edifício, trabalhava em uma Usina de Açúcar, que ficava entre as Cidades de Santa Ernestina e Dobrada, conheci minha esposa Maria da Graça (in memorian) que estudava no Colégio Nossa Senhora da Consolação, depois de namorarmos e noivarmos, por fim o casamento foi realizado no dia 25/04/1970, na Capela do Colégio. O Edifício Cidade de Taquaritinga foi o meu primeiro endereço, aluguei o apartamento de número 41 no 4º andar, de propriedade da Dona Julinha Davidoff F.de Camargo, também proprietária da Fazenda Paraguassú. O Contrato de aluguel foi redigido pelo Dr.Flavio Lemos (in memorian) que era nosso Advogado. A Cidade de Taquaritinga naquela época era bem diferente de hoje em dia, o Cine São Pedro era muito movimentado, exibia filmes da atualidade, ao lado o Bar Rivo do Elcio Mencaroni e na esquina tínhamos uma churrascaria que ficava no andar de cima onde fui jantar pela primeira vez com a Maria da Graça. Da janela do nosso apartamento que dava de frente para a Praça, aos domingos ficava escutado a Banda tocar no Coreto, que Saudades desse tempo que passou tão depressa. Nesta época era funcionário da Usina Açucareira Santa Ernestina do Grupo Walter Godoy, quando a mesma foi vendida para Usina Corona, fui transferido para a Cidade de São Paulo indo trabalhar em outra Empresa do mesmo Grupo, a Construtora Setúbal. Tudo isto deixou em mim muitas saudades.

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