Os professores Sérgio Sant’Anna, Dora Verdério Moura e Carmem Reolon gostaram dos artigos: “No lugar errado, na hora errada...” e a “Jogatina da Tia”.
A história que contamos hoje aconteceu em 1996. Num domingo pela manhã, jogavam Veteranos do Farwest e Santa Adélia, no Estádio Municipal Antonio Storti.
Laerte Rodrigues dos Santos, o popular Laerte Barbazú, ex-lateral-direito do CAT nos anos 1960, era o treinador da equipe farwestina. Os jogadores entregaram vários objetos para que ele os guardasse.
O bolso esquerdo de sua camisa estava cheio de chaves, carteiras e também um celular, que naquela época ainda era novidade. O aparelho estava ligado somente no vibra call, sistema que o faz tremer ao receber chamadas.
Com o jogo em andamento, de repente a “coisa” vibrou bem na altura do seu coração. O Barbazú tremeu na base; outra vibrada, mais uma, seguida de outra... O técnico, muito assustado, levantou-se do banco, segurou no alambrado e disse para o Divino Carrilho:
– Compadre, eu não tô bom, acho que vou morrer, meu coração está numa tremedeira danada.
O amigo começou a acalmá-lo, até que o celular parou de vibrar. O jogo terminou, e o Farwest venceu por 3 a 1.
Quando estava saindo do campo, o zagueiro central Talim perguntou:
– Alguém ligou pra mim?
O Laerte respondeu que não, que o telefone ficara mudo o tempo todo. Ao saber do ocorrido, o zagueiro sorriu e tranquilizou o técnico, explicando o motivo daquelas vibrações.
Depois da partida, a rapaziada desceu até o restaurante do saudoso Gilberto Pagliuso, que ficava na Praça 1.º de Maio.
Feliz da vida com a vitória de seu clube e com seu coração em perfeitas condições, nosso treineiro caiu na cervejada, tomou tudo o que tinha direito e muito mais.
P.S. O Laerte deu toda permissão para escrever este artigo.
ÂNGELO BARTHOLOMEU é cabeleireiro e gosta de ouvir e contar “causos” sobre Taquaritinga
Publicado no Nosso Jornal, no dia 1.º de maio de 2010. Série "Aconteceu na Cidade"
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