segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dona Pepina, uma grande mulher

Na primeira história de 2011, vou falar de uma bondosa senhora que muito colaborou com a população de nossa cidade e região nos anos de 1930, 1940 e 1950. Seu nome: Josephina Funnari Romano, mais conhecida como dona Pepina.
Nasceu na Itália, na pequena cidade de Altilha, na Calábria. Aos 12 anos de idade, chegou com sua família ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café aqui na região de Taquaritinga.
Dona Pepina tornou-se uma pessoa muito popular, bondosa e amiga de todos.
Era parteira. Quantas e quantas crianças passaram por sua mãos naquela época! Sempre alegre e cheia de satisfação, atendia a todos que a procurassem: brancos, negros, pobres ou ricos. A qualquer hora do dia ou da noite.
Na cidade, nos sítios, quantas vezes debaixo de chuva, frio e até em lombo de animais lá estava ela para prestar seus relevantes serviços à comunidade. Sabe quanto cobrava a cada parto realizado? Nada, absolutamente, nada.
Dona Izaltina Almeida Galatti, moradora da Rua Marechal Deodoro, 394, foi uma das mães assistidas pela italiana de coração taquaritinguense. Em 1950, dona Pepina foi socorrê-la no parto de seu filho, Luis Afonso. Em sua humilde residência, não havia iluminação, e justamente naquele momento desabava um grande temporal, com raios, trovões e uma ventania muito forte, que apagava a todo instante o lampião que iluminava o local onde o parto estava sendo realizado. Foram momentos de grande desespero, mas a idosa parteira, apesar da dificuldade que enfrentou, conseguiu salvar a mãe e o filho. Ambos residem aqui até os dias de hoje.
Em 1959, dona Josephina faleceu e deixou uma grande folha de serviços prestados à população taquaritinguense. Casada com o também italiano Salvador Romano, ela teve doze filhos. Sempre residiu ao lado do Estádio Municipal, atual Antonio Storti.
O nome de dona Josephina Funnari Romano foi eternizado numa rua de nossa cidade, por meio de indicação do vereador Ico Curti, na década de 1990. É muito gratificante falar dessa senhora: meus quatro irmãos e eu também viemos ao mundo pelas suas habilidades e abençoadas mãos.
Angelo Bartholomeu, o Angelim, é cabeleireiro, e gosta de ouvir e contar “causos”

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