Dilma no poder

A Dilma venceu as eleições. Serra, evidentemente, era muito melhor preparado para o cargo. Em todos os sentidos. Mas as regras da democracia devem ser respeitadas: eleita pela maioria do povo brasileiro, no dia 1.º de janeiro tomou posse e passou a ter em suas mãos o destino do país.
Durante a propaganda eleitoral, ambos prometeram mundos e fundos, soluções para todos os problemas, estratégias infalíveis para superar os entraves na Saúde, na Educação, na Segurança Publica, etc. Tal como um novo Jeová, Dilma e Serra se propuseram edificar neste ponto do continente americano um verdadeiro paraíso terrestre. No alto de meus 49 anos, com a experiência que adquiri até o momento acompanhando a política nacional, sabia que tudo não passava de palavras vãs. O papel (principalmente o de propaganda eleitoral) aceita qualquer balela que nele se imprima. Sem reclamar. Depois que Thomas Morus escreveu Utopia, escancarou o caminho para qualquer político pé-de-chinelo também idear e sugerir a sua sociedade perfeita.
Falando em sociedade perfeita, Karl Marx imaginou ser ela possível no mundo comunista. Equivocou-se o bom velhinho, que a bem da verdade vivia às custas do dinheiro do amigo capitalista Friedrich Engels. Lênin, Trotsky, Stalin, Mao Tsé-tung, Fidel Castro, etc., assassinaram mais de 100 milhões de seres humanos para implantarem o comunismo em seus países. Nem as duas grandes guerras mundiais juntas mataram tantas pessoas. E para quê? Para voltarem ao capitalismo... Durma-se, com um barulho desses.
O PT governará o país por mais quatro anos. Somados aos oito de Lula, será uma dúzia deles no poder. É tempo toda vida. Aguardemos para ver como as coisas andarão a partir de agora. As últimas notícias nos informam que a presidente já está cortando gastos. Se ela demitisse alguns milhares de petistas contratados por Lula para “trabalharem” na administração federal já seria um bom começo. Mas isto jamais ocorrerá. Afinal, esta é ou não é a terra da folia, do samba e do futebol? Pode-se mexer em tudo, menos nas tetas da vaca pública. Elas hão de garantir a fartura de leite, capaz de amamentar milhares de crias.
Dilma empossada, o que devemos fazer, nós brasileiros? Torcer para que tudo dê certo: que seu governo seja melhor que o governo de Lula; que a economia prospere e garanta empregos – milhões deles – para pais de família; que a Saúde, a Educação e a Segurança Pública melhorem cada dia mais, etc. É claro que a oposição deve pegar no pé de Dilma e de seus ministros, fazê-los trabalhar, cobrar-lhes responsabilidade, seriedade com a coisa pública. Porém é seu dever e obrigação cooperar no que for possível para auxiliar o desenvolvimento da economia do país, apoiando projetos que beneficiem de alguma forma a população. Besteira ficar torcendo contra. Quando a economia vai mal, todos perdem. Imaginem por um instante se a inflação voltasse. Os preços das mercadorias aumentando a cada hora, o dinheiro desvalorizando a cada minuto, todo mês os zeros sendo cortados das cifras bancárias. Um inferno.
Portanto, senhores, que Dilma tenha um ótimo governo e seja a melhor presidente que este país já teve.
PROF. GILBERTO TANNUS