segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Luzia Lacerda distribui livros para alunos da Fundação Edmilson e incentiva leitura

A escritora taquaritinguense Luzia Lacerda, mulher do presidente do NJ e colunista do portal da revista “Veja”, Augusto Nunes, participou de um bate-papo na terça-feira (5) com alunos da Fundação Edmilson. A autora do livro infanto-juvenil “Foi! Não foi! Foi” autografou 100 exemplares para ser entregues aos estudantes.
Durante quase uma hora, ela falou sobre vários assuntos. Em todos, enfatizou a importância da leitura na vida do ser humano. “Leiam com prazer. Se vocês não gostarem do livro que estão lendo passem para outra pessoa. Mas nunca deixem de ler”, aconselhou.
Durante a entrega dos livros, Luzia recebeu dos alunos cartas agradecendo sua ilustre presença. “Gostei muito do exercício realizado na Fundação Edmilson com os estudantes. Eu pude passar a eles um conhecimento de uma pessoa mais vivida”, afirmou.
A construção do livro infantil começou depois de uma experiência em 2002, quando ela resolveu fazer um curso de criação literária em São Paulo, onde reside. Em uma das aulas, sua professora escreveu na lousa uma frase do escritor Carlos Drummond de Andrade para que depois fosse transformada em um texto de uma página.
A frase é a seguinte: “Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios. É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso são muito úteis.”
“Depois dessa frase de três linhas foi que eu resolvi dar início ao meu livro. Fui me apaixonando pelo exercício da escrita, pela montagem da história e pela construção dos personagens”, declarou a escritora, afirmando que bastou a observação da realidade de uma grande cidade, da gente que vive ali. “É tudo ficção, mas é tudo verdade”, relatou.
Durante a produção do livro, Luzia usou câmeras de orifício, um equipamento barato e eficiente, para fotografar a cidade com o olhar de Júlia e Deusinho, personagens do livro. No bate-papo, a escritora sugeriu a realização de uma oficina de como fazer a câmera na Fundação e se prontificou a assumir. “Se cada criança, rica ou pobre, aprendesse a construir e a usar uma câmera dessas, aprenderia uma brincadeira criativa e prazerosa.”
O estudante Emerson Faravelli dos Santos, de 11 anos, se debruçou em cima do livro na biblioteca. “Tudo é muito legal, e a história que ela inventou, mais ainda. Eu fiquei muito surpreso a partir de três linhas sair um livro”, contou o garoto, feliz da vida com a obra nas mãos.
NATALIA GALATI

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