segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TECNOLOGIA JAPONESA DE LIMPEZA DE ÁGUA É DEMONSTRADA EM TAQUARITINGA


NATALIA GALATI


Nesta semana, a empresa Eters, de São Paulo, veio a Taquaritinga para fazer a demonstração de uma tecnologia importada do Japão para limpeza de água de esgoto. Elementos químicos naturais separam os poluentes em poucos minutos, a um preço mais baixo que os envolvidos nos atuais sistemas de limpeza.
Os empresários Chiuichi Yoshida, Paulo Arai e Mike Raymo são os sócios-proprietários da empresa, que instalou os equipamentos no Jardim Sobral, nas próximidades de um emissário de esgoto. Já assistiram à demonstração representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaet) e da construtora Nova Estradas. Na próxima semana, Prefeituras da região e até o Ibama devem enviar funcionários para conhecer a tecnologia.
No local foram colocados dois tanques. “Nós trabalhamos com duas temperaturas de cinzas vegetais. A cinza mais escura, que é colocada no primeiro tanque, é para a eliminação dos gases e a descontaminação; já a cinza mais clara, que também é de material orgânico, no segundo reservatório, serve para a descontaminação e a decantação dos materiais”, explicou Yoshida.
Segundo ele, o processo não leva mais que 20 minutos. Se fosse por outro sistema, o tempo subiria para 11 horas, ele garante. “Podemos dizer que a economia do nosso sistema é bem maior”, disse o empresário, que trouxe a novidade para o Brasil em 1995.. Sete anos depois, passou a dar continuidade ao projeto, fazendo estudos na Universidade Federal de São Carlos.
Yoshida morou no Japão de 1989 a 1994 e mantém lá uma empresa, a Cas Chemical. A Eters já fez as demonstrações em Americana e Marília, que aprovaram o processo. Segundo ele, o orçamento de um projeto para tratar água em Americana ficou em R$ 38 milhões, R$ 12 milhões a menos que o previsto no sistema convencional. O grupo partirá nos próximos dias para Camaçari, na Bahia, para apresentar o serviço.

Subprodutos – Além da limpeza da água com mais rapidez, o processo tem outros benefícios. De acordo com o empresário, o material resultante não precisa ser descartado, mas pode ser aproveitado na indústria, uma vez que sai sem cheiro. Segundo Yoshida, o lodo vira matéria-prima para a fabricação de peças de borracha e até para massa asfáltica. “O solo fica permeável [absorve água] e tem uma resistência de mais de 20 anos”, afirmou Yoshida. Essa tecnologia é usada pelo governo japonês.

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