segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rezende quer digitalizar suas imagens

Ao longo de muitos anos, os taquaritinguenses aprenderam a asso- ciar a figura do comerciante Luiz Alberto Rezende a uma filmadora. Mas ele aposentou a companheira de todas as horas, com que registrou cenas do cotidiano da cidade, em razão de uma neurite. Agora, deseja ver seu acervo digitalizado para que não se percam passagens que julga importantes para a História de Taquaritinga.
Presença certa em todas as festas públicas da cidade, Rezende saía em busca de captar imagens. Ao mostrar as fitas de vídeo que guarda em casa, ele afasta de vez os comentários de que não filmava de verdade.
O comerciante de barbas brancas e suspensório registrou carnavais, rodeios e festas da cidade durante cerca de 15 anos. Da comemoração do pentacampeonato mundial a shows artísticos, onde havia aglomeração de gente, lá estava ele.
São mais de 500 horas de gravação, estima o cinegrafista amador. Seriam necessários pelo menos 20 dias para assistir a todas elas. Nas filmagens, aparecem pessoas conhecidas em ação, como o saudoso jornalista Luiz Mirabelli, e depoimentos de ilustres desconhecidos.
Porém, o problema nas mãos não o permite segurar a câmera com firmeza. Aos 68 anos, o caminhar já não é o mesmo também em razão da neurite, um tipo de inflamação nos nervos. Às vezes, precisa da ajuda da bengala.
Santaernestinense de nascimento, Luiz Rezende conta que já forneceu cópias a muita gente que pediu, mas sempre guarda o original. Agora, ele deseja ver seu trabalho armazenado de forma mais adequada e diz que já conversou sobre isso com o vice-prefeito, José Maria Modesto (DEM). A história em imagens realmente não pode ser perdida.
NILTON MORSELLI

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