terça-feira, 31 de agosto de 2010

Apuro em Minas Gerais

Os amigos Edevídio Bussadore, Nei Lacativa e Zé Pimenta gostam muito da história que vou narrar hoje.
Em 1957, o Gino Andreis e o Edwil Veríssimo, o Biba, foram as revelações do esporte amador da cidade.
Por isso, receberam convites para fazer testes no Uberlândia, time da bonita cidade do Triângulo Mineiro.
Nos primeiros amistosos, os jovens ganharam a confiança do técnico, dos diretores e dos torcedores uberlandenses. Gino, centroavante habilidoso e grande cabeceador, todos os jogos balançava as redes adversárias.
Biba jogava direitinho na zaga e não dava moleza aos atacantes contrários. Havia um porém: o clube oferecia somente as refeições e a grana havia acabado.
Nosso zagueiro deu a ideia:
– Estamos bem na fita. Como a torcida está ao nosso lado, com certeza vamos ser contratados.
A dupla não pensou duas vezes e se hospedou em um hotel do centro da cidade, onde acomodaram seus pertences. Passaram a ter noites de sono dignas de atleta com futuro promissor.
Certa manhã, chegaram ao estádio e o encarregado lhes deu o recado:
– O presidente pediu para vocês subirem até a sala dele.
– Legal, vamos ser contratados – falou Gino.
O cartola os recebeu e foi logo dizendo:
– Vocês foram muito bem, mas infelizmente não temos condições de contratá-los no momento. Aqui está o dinheiro das passagens de volta. E muito obrigado.
Naquela noite, a dupla não conseguiu dormir. Eles só pensavam no dia seguinte. Como fariam para pagar o hotel?
No outro dia, pela manhã, disseram ao porteiro que iam para o treino, mas foram direito à estação rodoviária. Deixaram no estabelecimento uma velha mala cheia de jornais e algumas peças de roupa.
Decepcionados, os rapazes entraram no busão e disseram adeus àquela bela cidade. Prometeram também que nunca mais voltariam lá pras bandas de Minas Gerais, nem para buscar a velha mala que largaram no hotel.
Angelo Bartholomeu, o Angelim, cabeleireiro, gosta de ouvir e contar causos.

Acabou!

Há muita gente perguntando se vai ter Carnaval Fora de Época. A resposta é não. O evento, que já havia sido excluído da Festa da Cidade em 2009, em razão do risco de contágio da gripe A, parece que é morto e enterrado. "No lugar, a Prefeitura realizou o show de Chitãozinho & Xororó", contou o secretário da Cultura, Marcos Marona.

Chega de horário eleitoral

Mais uma vez, o horário eleitoral foi tema do editorial do Nosso Jornal. Na semana passada, registrou-se algumas considerações sobre o custo dele para o governo, bem como as diferenças nas produções. Partidos ricos contratam empresas especializadas, capazes de elaborar programas diferenciados, enquanto as agremiações políticas mais pobres apresentam montagens toscas.
Há um ponto, comum aos dois tipos de representação, que afronta ainda mais os eleitores. São as promessas enganosas. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral toma conta das moscas, os elefantes escapam. A lei proíbe, por exemplo, um candidato de mostrar imagens do outro. Porém, permite que os heróis da vez ludibriem os telespectadores.
Homens e mulheres que colocam seus nomes à prova misturam despreparo com desfaçatez para prometer coisas impossíveis. Candidatos a cargos legislativos (deputados e senadores) se comprometem com tudo, falam sobre tudo, como se pudessem realizar obras, como se fossem ocupantes de cadeiras executivas, no caso de venceram as eleições.
O TSE até começou a veicular anúncios explicativos sobre as atribuições de cada cargo. Mas é pouco. Deveria mesmo é proibir os candidatos de mentir. Infelizmente, grande parte da população brasileira não sabe diferenciar os papéis de cada um nas esferas de poder.

Loja A em Campinas

A Rede Recapex, uma das maiores empresas do Estado no setor de pneus e serviços, aumenta suas ramificações. Amanhã (1.º), começa a funcionar em Campinas a loja conceito Bridgestone/Rede Recapex, voltada ao público A. O novo ponto, no Cambuí, um dos bairros mais nobres da cidade, atuará no segmento de pneus high e ultra high performance.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Êta tempo seco

A falta de chuva tem castigado a gente. O ar está seco, poluído, os dias ficam cinzentos. É a natureza. Dos institutos de meteorologia, nenhuma notícia boa, de chuva, pelo menos por enquanto. Toda a imprensa aposta em reportagens sobre como agir para amenizar a coisa: baldes de água e toalhas úmidos nos quartos, bastante líquido, soro fisiológico nas narinas, etc. E vamos rezar para São Pedro mandar chuvar.

Ana Salvagni é destaque no 21º Prêmio da Música Brasileira

A cantora taquaritinguense Ana Salvagni recebeu o troféu de melhor disco na categoria regional, no 21º Prêmio da Música Brasileira. O CD lançado em 2009, “Alma Cabocla”, tem a interpretação e produção da artista, numa releitura da obra do compositor Hekel Tavares. A cerimônia foi realizada no último dia 11, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
De acordo com a cantora, ter ganhado um dos prêmios mais abrangentes da música foi uma grande surpresa. “Eu fui indicada e competi na categoria com mais dois. Para mim é um grande reconhecimento e um novo ânimo na carreira”, contou, por telefone, à reportagem do NJ.
Ana superou outros dois trabalhos, que também estavam concorrendo: “Viva Elpídio”, de Oswaldinho e Marisa Viana e “Violas de Bronze”, sobre a produção de Siba e Roberto Corrêa.
A artista homenageada nesta edição do evento foi a sambista Dona Ivone Lara. Ao todo, foram enviados mais de 700 trabalhos, todos produzidos no ano passado.
Foram 35 vencedores de um total de 105 indicados, selecionados a partir dos 695 CDs e 103 DVDs distribuídos em 16 categorias – que iam da MPB à música erudita, passando por pop, rock, samba, canção popular, eletrônico, regional, língua estrangeira e projeto especial.
Dentre os vencedores da noite, destaque para Cauby Peixoto, ganhador do prêmio de melhor cantor na categoria canção popular, que tinha na lista Fagner e Zeca Baleiro.
Maria Bethânia saiu com dois troféus: o de melhor intérprete de MPB e o de melhor disco, “Encanteria”. A baiana, indicada em outras cinco categorias, foi bastante aplaudida pelo irmão, Caetano Veloso, que também levou dois prêmios.
O júri contemplou não só conhecidos veteranos, como Os Paralamas do Sucesso, Erasmo Carlos, Elba Ramalho e Daniela Mercury (eleita pelo voto do público como melhor cantora), mas também artistas mais novos, como o grupo Casuarina, Juraildes da Cruz, que surpreendeu ao levar o troféu de melhor cantor por meio do voto popular.
Ana Salvagni, que estava na plateia e subiu ao palco para receber o prêmio, foi regente do Coral Municipal de Taquaritinga em 1997. Ela é filha da diretora regional de ensino, Neide Salvagni e de Estevão Salvagni (falecido).
Além do melhor disco (“Alma Cabocla”), a categoria regional também contemplou a melhor dupla (Chitãozinho & Xororó), o melhor grupo (Orquestra Frevo Diabo), o melhor cantor (Targino Gondin) e a melhor cantora (Elba Ramalho).
NATALIA GALATI

Em Portugal

A artista plástica taquaritinguense Marjorie Salvagni, residente em São Paulo, realiza uma exposição em Lisboa, capital de Portugal. A abertura de “Vibrações” foi na noite de sábado (28), na Colorida Art Gallery.

Inauguração

O taquaritinguense Sidnei Luiz Libanore inaugurou na manhã de sábado (28) a Bella Cecília, loja de cosmético e perfumaria na cidade de Guariba. O estabelecimento (cujo logotipo foi desenvolvido pelo designer Leopoldo Gianico Leite) fica na Avenida Evaristo Vaz n.º 1.165, em frente à Prefeitura. Detalhe: Cecília é o nome da netinha de Nei Libanore.

O novo ‘Roda Viva’

O empresário Eike Batista, o brasileiro mais rico de todos os tempos, será o entrevistado na estreia da nova fase do “Roda Viva”, nesta segunda-feira (30), na TV Cultura. A apresentação passa a ser de Marília Gabriela, com a presença de dois entrevistadores fixos – Augusto Nunes, presidente do Nosso Jornal e colunista da “Veja”, e Paulo Moreira Leite –, além de dois convidados. O programa será gravado hoje à tarde e exibido a partir das 22h.

Pesquisa

O censo 2010, em curso agora, é respondido em menos de três minutos. Mas, em alguns lares, escolhidos aleatoriamente, é aplicado o questionário mais abrangente. Aí o morador tem de demonstrar paciência e boa vontade. Nem todo mundo as tem, revelou um dos 55 recenseadores que trabalham em Taquaritinga. “Tem gente que fica brava por causa da demora. Alguns se recusam a responder a certas perguntas.” Além disso, há muitas casas que ficam vazias o dia todo.

A SEMANA

É hora de escrever sobre coisas gostosas. Recebi do meu amigo Padre Zezo, hoje em Agulha, uma carta e uma fotografia, que ora publico, do tempo em que fazíamos teatro amador, em Taquaritinga. A peça se chamava “O Ministro do Supremo”, e da esquerda para a direita, aparecem: Sebastião Mansur, Francisco Pereira (ambos falecidos), o Flans, ainda magro e cabeludo, e José Felipe Neto, hoje o Padre Zezo. O teatro era do grupo TACO, isto é, Teatro Amador do Círculo Operário, e o diretor da peça era o oficial de Justiça que aparece na foto, conhecido como seu Chiquinho.

Na época, Taquaritinga possuía dois grupos de teatro amador. O outro era dirigido por José Ranieri, que também atuava nas peças. Ambos os grupos possuíam dezenas de participantes e eram excelentes. Nossas exibições eram intercaladas, no palco do Cine São Pedro. O nosso grupo exibiu diversas peças, e uma de grande sucesso foi “Terra Bendita”. Essa peça foi exibida, a pedido dos montealtenses, no Clube daquela cidade. Tempo bom, a cidade exalava cultura. “Altro que”, como dizia minha avó italiana.

O dr. José Alfredo Verdério mandou-me outra foto, para lembrar o tempo em que em Taquaritinga existia uma família forense. Vou publicar também. A cada 15 dias, no posto do Mané, no km 327 da Rodovia Washington Luís, advogados, juízes, serventuários da justiça, promotores, pessoal da polícia e amigos, além de seresteiros, reuniam-se para cultivar amizade, tornar o ambiente forense gostoso, comer bem, tomar cerveja e ouvir seresta.

Da esquerda para a direita: o advogado e professor dr. Flávio Lemos; o professor Ângelo Golfredo Antônio Piva, amigo da turma; o juiz de Direito Leopoldo Monteiro Vilella; o promotor de Justiça José Ribeiro Borges; e o advogado João Jorge. Desses, apenas o dr. Leopoldo está vivo. Que saudade. É possível uma reunião dessa, nos dias de hoje? Nem pensar. Na semana que vem, publicarei a foto dos seresteiros. (Flans)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O DESFILE DE 118 ANOS

NILTON MORSELLI

O desfile cívico em comemoração aos 118 anos de emancipação político-administrativa de Taquaritinga aconteceu no último domingo (15), na Rua Prudente de Morais. No ano passado, o evento deixou de ser realizado em razão da ameaça de gripe A.
A abertura teve a participação da Banda do 37.º Batalhão de Infantaria de Lins e da Banda Municipal de Colina, com 110 integrantes, sob a regência do maestro José Renato Curti Maio.
Escolas e instituições do município, com seus carros temáticos e fanfarras, também marcaram presença. Os preparativos foram iniciados desde cedo. O público começou a ser por volta das 9h.
Entre as atrações, os Jogos Regionais, que serão realizados em Taquaritinga pela segunda vez em 2011 (a primeira foi em 1991), ganharam destaque.
A Secretaria Municipal de Esportes criou alegorias que simbolizavam alguns esportes, como a representação de uma piscina de biribol, modalidade que é a maior força esportiva de Taquaritinga.
O desfile foi apresentado pelo secretário da Cultura, Marcos Marona. O palanque, montado na esquina da Prudente com a Rua Marechal Deodoro, recebeu autoridades – o deputado Dimas Ramalho (PPS) compareceu.
Enquanto as escolas se apresentavam, a Praça Dr. Horácio Ramalho também ficou lotada. Lá, um playground foi montado. O “passaporte” para se divertir à vontade foi vendido a R$ 15.
A criançada adorou. Além disso, os vendedores ambulantes fizeram uma festa à parte. Havia bolas coloridas, bichinhos de espuma e infláveis, sanduíches e doces para todos os gostos.

SANDUÍCHE, BOLO E GUARANÁ

NILTON MORSELLI

Por volta das 9h de segunda-feira (16), feriado municipal, o povo já se aglomerava na Praça Dr. Horácio Ramalho. Duas horas antes, funcioná- rios públicos montavam as mesas que receberiam um bolo de 118 metros – cada metro corresponde a um ano da cidade – até metade do quarteirão da Campos Sales, em frente à redação do Nosso Jornal.
“É para ser comido aqui. Cada pessoa vai ganhar um pedaço. Se sobrar, vamos distribuir para levar para casa”, repetia o apresentador, o onipresente secretário da Cultura, Marcos Marona. Neste ano, ele foi o dono do microfone em quase todos os eventos da Prefeitura.
Em outra carreira de mesas com supostos 118 metros, dispunham-se sanduíches embrulhados em saquinhos patrocinados pelo Frigorífico Marba, que deu o pão e a mortadela.
“Está frio, hein!”, disse o agricultor Zita Mendonça, de câmera fotográfica a tiracolo e agasalhado. “Que vento! Quando saí de casa, não percebi”, reclamou o fiscal municipal Marco Tafuri, de camisa Hering branca.
De fato, o vento típico de agosto denunciava o rigor do inverno matinal. Já passava das 10h. Os convidados eram contados aos milhares ao redor da mesa do aniversário. Antes de cortar o bolo, o “parabéns a você” foi tocado pela Banda Maestro José Antonio Marin e cantado pelo público, que acompanhou com palmas.
Ao lado do prefeito Paulo Delgado (DEM), o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB) engrossava o coro. Ele foi o único político “de fora” a prestigiar a festa, acompanhado do ex-prefeito e correligionário Tato Nunes, presidente do partido na cidade.
Sinal verde para o início da comilança, primeiro do sanduíche, que acabou rapidamente (a organização deve providenciar mais pedaços no ano que vem, muita gente saiu sem comer). Ainda tinha garrafinhas de guaraná Jaboti, patrocinadas pelo Senac de Jaboticabal.
Ninguém atacou o bolo nem ultrapassou a cordinha. Os voluntários distribuíram pedaços em guardanapos às pessoas que esticavam o braço – o repórter experimentou e aprovou: estava macio, com cobertura de glacê de limão. O pessoal do Fundo Social de Solidariedade pode passar a receita.

VALE A PENA

O site Repolítica traz detalhes sobre todos os candidatos, com base no portal Transparência Brasil. Veja alguns dados da ficha do taquaritinguense Dimas Ramalho (PPS). Dos 20 projetos apresentados na Câmara Federal, 19 foram considerados relevantes; esteve presente em 229 sessões (93%), justificou 16 faltas e deixou de justificar apenas 2; usou 62% das verbas indenizatórias a que tinha direito (R$ 239.722,16); e não responde a nenhum processo na justiça.
NILTON MORSELLI

ETAM EXIBE DE GRAÇA TRIBUTO A MICHAEL JACKSON

NILTON MORSELLI

O show “Tributo a Michael Jackson” será reapresentado na noite de quarta-feira (25), desta vez gratuitamente, como parte da programação da festa da cidade. O espetáculo, produzido pela Escola Técnica de Arte Municipal (Etam) Santa Cecília, foi exibido pela primeira vez durante jantar no Centro de Eventos San Remo, em 12 de maio.
A homenagem ao astro pop, que morreu em junho do ano passado, mobiliza alunos e professores da Etam. Além de coreografias das músicas mais conhecidas do artista, as canções ganharam arranjos especiais e serão mostradas ao público pelo coral da escola. O evento está marcado para as 20h, na Praça Dr. Waldemar D’Ambrósio.
Outro destaque da programação é a IV Mostra Internacional de Vi- deodança de São Carlos, neste fim de semana, no Centro de Eventos do Colégio Objetivo. Coreografias de várias partes do mundo serão projetadas em telão, em sessões às 14h, 16h e 18h.
De acordo com a professora de dança Denise Locilento Denkena, o festival é uma oportunidade para as pessoas que gostam da arte conhecerem montagens realizadas em países como Brasil, Estados Unidos, Canadá e Argentina.
O evento, trazido a Taquaritinga pelo projeto Ponto de Cultura Portidançando, da Etam Santa Cecília, é promovido pelo Cineclube da USP de São Carlos, que o está exibindo em etapas, em cada sábado do mês de agosto. (NM)

NOSSA RAINHA BRILHA NA FESTA DO PEÃO

DA REDAÇÃO

Linda, loira de olhos verdes e cheia de estilo, Ingrid Cantarini brilhou na arena da 28.ª Festa do Peão de Boiadeiro. Com seu charme, a rainha dos peões representou o Nosso Jornal no evento, tendo sido eleita na noite de 31 de julho, em concurso superconcorrido.
A modelo esteve presente todos os dias no Recinto Felipe Bianchi Neto, ao lado das princesas Gislene Gonçalves dos Santos, Renata Valentina Bigolotti e Suelen Giglio, e do garoto rodeio Rafael Rotondo. O grupo também marcou presença no desfile comemorativo ao aniversário da cidade, em carro decorado com o tema da Festa do Peão.
Contratada da agência M.M.A. Di Models, de São Paulo, Ingrid tem 17 anos, 1,71 metro e cursa o ensino médio. A equipe do NJ só tem a agradecer a essa bela jovem por ter honrado o cobiçado título de beleza. Ela já havia conquistado outras faixas nas passarelas – miss Taquaritinga mirim 2002, miss Top Model 2002, miss Net Brasil 2004, miss Taquaritinga 2008 e miss Facita 2008.
Com Ingrid, este semanário alcançou a tríplice coroa: em 2007, a rainha Natana Bortoloni também desfilou pelo jornal. Voltamos a vencer o concurso no ano passado, com Gabriela Mendes. Para o editor-chefe, Nilton Morselli, ter uma representante na festa é um privilégio. “Vale como publicidade, ao mesmo tempo que é um incentivo às jovens que sonham fazer carreira de modelo.”

DUAS PESSOAS SÃO PRESAS, SOB ACUSAÇÃO DE TRÁFICO DE DROGAS


NATALIA GALATI

Um advogado de 28 anos e uma mulher de 29 foram presos em flagrante no bairro Talavasso na tarde de terça-feira (17), pela Polícia Civil com o apoio do Setor de Investigações Gerais (SIC) de Taquaritinga e a Polícia Militar. Com eles, foram encontrados uma arma calibre 45, crack e munições.
De acordo com o delegado titular, Claudemir Aparecido Pereira da Silva, a PM já suspeitava da atitude da moça, que é a namorada de um homem acusado de cometer um homicídio na cidade, há dois meses. “Ela chegou ir à casa do advogado para pegar alguns objetos e, em seguida, saiu de lá com um mototaxi”, disse.
O sargento Nei contou que estava em sua residência quando recebeu uma ligação anônima, informando que um mototaxista teria levado uma moça até o bairro Talavasso para adquirir droga. “Ela saiu da casa do advogado e seguiu sentido centro. Eu acompanhei à distância com o meu carro particular e acionei o 190 para que fosse feita a abordagem. Na bolsa que ela portava foi localizada uma quantidade de droga e estojos vazios de munições 45”, explicou o sargento.
A denúncia é de que ela tinha ido buscar a droga para fazer a distribuição nos jardins Santo Antonio, Paraíso II e Maria Luiza. Porém, ela disse que estaria levando a droga para o próprio advogado no Talavasso. Lá ela deixaria tudo num terreno para que uma outra pessoa passasse para pegar. Pelo serviço, a mulher confessou, segundo a polícia, que receberia R$ 1 mil.
Segundo o sargento, a droga era trazida de outras cidades para Taquaritinga pelo advogado. Sobre a arma, alegou que a que guardava em casa para defesa pessoal.
No local – Na casa do acusado, que também é bancário, a equipe de policiais pediu para que ele abrisse a porta. Como ele não atendeu, o delegado Renato Soares decidiu fazer o arrombamento. “Ouvia-se o barulho da descarga do banheiro e, por essa razão, invadiram a casa”, continuou o delegado, explicando que alguém tentava se desfazer da droga.
Funcionários do Saaet foram chamados para fazer as verificações nos encanamentos. Há 30 metros da residência, eles resgataram uma porção de crack na rede de esgoto.
De acordo com o relato feito no boletim de ocorrência, foi encontrada uma quantidade de maconha na geladeira. Uma arma de fogo calibre 45 estava dentro do motor da ban-heira de hidromassagem. O delegado investiga que ela pode ser a mesma utilizada no primeiro homicídio do ano, registrado no dia 31 de maio, na estrada que liga Taquaritinga a Santa Ernestina.
O mesmo advogado que agora é indiciado por tráfico acompanhou o acusado de cometer o assassinato quando ele foi interrogado na Delegacia e seguia fazendo sua defesa. A pistola vai passar por exames periciais para comprovar ou descartar a suspeita. “Uma arma calibre 45 só é utilizada pelas forças militares”, explicou Claudemir.
Na quarta-feira (18), o advogado foi para uma cela especial na penitenciária de Araraquara. A moça, que não tem curso superior, acabou encaminhada para a Cadeia Feminina de Fernando Prestes.
De acordo com o delegado, o mototaxista que transportava a acusada foi ouvido no inquérito como testemunha. As primeiras impressões são de que ele não tenha participa- ção no caso.
A mulher e o advogado foram autuados por tráfico de drogas, posse ilegal de arma e associação ao tráfico. Em resumo, a polícia apreendeu 100 gramas de maconha, 1,7 kg de crack, 10 munições, além da arma.

INCÊNDIO EM CANAVIAL ENCHE A CIDADE DE SUJEIRA E FUMAÇA


NATALIA GALATI

Na tarde de segunda-feira (16), dia em que Taquaritinga completava 118 anos de emancipação, uma fumaça invadiu o céu da cidade, chamando a atenção dos moradores.
O incêndio começou por volta das 13h20 e destruiu mais de 400 hectares de cana-de-açúcar dos municípios de Santa Ernestina, Dobrada e Taquaritinga. Parte da área está arrendada para a Usina de Açúcar e Álcool Bonfim, pertencente ao grupo Cosan, em Guariba.
A vegetação seca e o forte vento contribuíram para que o fogo se espalhasse por uma grande extensão. A Polícia Ambiental de Jaboticabal destacou sua brigada para combater os seis focos, em locais diferentes.
“O que a gente percebe é que foi um incêndio criminoso e muito bem planejado, porque praticamente foram no mesmo horário”, disse o comandante, sargento Giovane Delalibera.
Ele afirmou à reportagem do NJ que o incêndio chegou até onde a Polícia Civil descobriu a plantação de maconha há dois meses.
A usina destacou funcionários e 30 caminhões de água para conter as chamas. Além disso, máquinas também foram usadas para cercar o fogo, que só foi contido às 2h da madrugada de terça-feira (17).
“Foram perdidas canas que não estavam prontas para queimar, as que já estavam prontas, as que já haviam queimado e partes das áreas de preservação ambiental”, contou o sargento.
Tudo o que foi relatado será en-viado à promotora Daniela Baldan Rein, responsável pelo setor de Meio Ambiente do Ministério Público de Taquaritinga.
A promotora informou à reportagem do NJ que aguarda a remessa dos documentos pelos órgãos am- bientais competentes para as providências cabíveis.
De acordo com o comandante Delalibera, em dois meses a Polícia Ambiental de Jaboticabal aplicou 15 autos de infração em Taquaritinga, que atingem um valor de R$ 300 mil em multas. “Esses autos foram de horá-rios proibidos da queima da palha da cana e da responsabilidade de áreas de preservação permanente”, explicou.
Delalibera disse que as queimadas em talhões de cana-de-açúcar são permitidas desde que haja uma comunicação à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e só podem ser realizadas das 20h às 6h. “É preciso frisar que as investigações têm sido feitas com mais intensidade onde os incêndios vêm ocorrendo com mais frequência.”
Na quarta-feira (18), o local voltou a arder em chamas. O Corpo de Bombeiros teve de se deslocar até lá para controlar o foco.
Em nota, a Cosan comunica que avalia os prejuízos. Segundo a Cetesb, a empresa pode ser autuada se vender a cana queimada.
Quem souber de informações de pessoas que estão ateando fogo em canaviais fora do horário permitido ou danificando à mata, pode ligar para a Polícia Ambiental de Jaboticabal – (16) 3202-2122 – ou acionar o poli-ciamento pelo telefone 190.

Problema no coração
Um morador do Jardim Santo Antonio, de 61 anos, registrou um Boletim de Ocorrência por ter passado mal na segunda-feira (16) em que a cidade ficou encoberta de fumaça da queima da plantação de cana-de-açúcar. Ele possui quatro pontes de safena e uma mamária. “Eu estava trabalhando durante o dia e, quando voltei para a casa, comecei a me sentir mal dentro do carro, porque era só fumaça, não tinha onde ficar”, alegou.
Levando em conta que os incêndios não são provocados pelos donos das plantações, crimes contra a saúde da população não vão parar de ocorrer depois que as queimadas da palha da cana forem proibidas completamente, talvez em 2014, como prevê a lei. Mas que vão diminuir, disso ninguém tem dúvida. Com a colheita mecanizada, não é necessário queimar a cana.

DEVOTOS ENCHEM IGREJA PARA REZAR À SANTA DESATADORA DOS NÓS

NATALIA GALATI

Começou no dia 5 de agosto, na Igreja Matriz de São Sebastião, a novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. A paróquia recebe às quintas-feiras, no intervalo de quinze dias, cerca de dois mil devotos durante as celebrações.
A novena já acontece pelo segundo ano consecutivo. Durante os encontros, os cristãos seguram uma vela com uma fitinha vermelha, na qual é dado um nó com um pedido, em cada celebração. No último dia da novena, previsto para novembro, acontecerá a Oração da Queima. Os nós dados durante os quatro meses serão incinerados.
De acordo com o padre Anderson Mingatos, essa novena fala por todos. “Quem não precisa desatar um nó na vida?”, disse, completando que essa foi uma ideia trazida de sua cidade natal, Viradouro. “Todos aderiram à minha ideia e hoje vemos o sucesso que está sendo. Os taquaritinguenses são muito participativos.”
Até o segundo dia da novena, foram vendidas quase duas mil velas para os devotos. “Não vencemos comprar, a procura é grande. Além disso, vem gente de todas as comunidades da cidade”, afirmou. Segundo Domingos Fanelli, esse ano bateu o recorde. “Eu nunca tinha visto tão lotado assim.”
Nos pés da Nossa Senhora Desatadora dos Nós foram colocadas as velas usadas pelos participantes do ano passado. “É uma vela quadrada e grande”, relatou o padre.
A bancária aposentada Angélica Cerri disse que, no ano passado, participou da novena inteirinha e neste ano faz o mesmo. “Eu pedi algumas graças e elas foram alcançadas e para, agora, estou perseverando para ver se consigo também. Eu saio da novena aliviada, é como se eu tivesse deixado aqui a perturbação”, exclamou.
“Não basta a religião, o que vale é a gente participar. A novena me faz muito bem, e eu alcancei vários pedidos no ano passado. A fé é a coisa mais importante que um cidadão pode ter”, afirmou a professora Mara Mendonça, que participa da novena pelo segundo ano.
Os encontros de oração são realizados a cada quinze dias, às quintas-feiras, na Igreja Matriz de São Sebastião, às 19h30. O próximo dia da novena será 2 de setembro. Termina em novembro.

UM POUCO MAIS SOBRE ELA:
Nossa Senhora Desatadora dos Nós é conhecida na Argentina desde a década de 1980. Sua fama chegou ao Brasil aproximadamente há dois anos. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 15 de agosto. A primeira capela erguida em sua honra foi inaugurada em setembro de 2000, na paróquia Sant’Ana, no balneário de Búzios, Rio de Janeiro. O título e a devoção remontam a 1700. Baseiam-se numa pintura de Johann Schmittdner, artista alemão, inspirada na visão que o apóstolo João teve da Virgem Maria (cf. Ap 12,1).

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A pequena campeã

Paula Ferreira, de 9 anos, acumula vitórias
e troféus na modalidade três tambores

Quem vai almoçar, aos domingos, no Restaurante Santa Mônica pode contemplar uma estante com 57 troféus e 16 medalhas. Não fosse pelas fotos de Paula Beatriz Ferreira em ação, seria impossível acreditar que uma criança de apenas 9 anos conquistou todos aqueles prêmios. O esporte de Paula é a prova dos três tambores, que consiste em contornar os obstáculos, no menor tempo, no lombo de um cavalo.
Tão nova, a estudante exibe uma performance formidável, que lhe garante as primeiras colocações nos torneios de que participa. Não é para menos. O pai, o agricultor Paulo Roberto Ferreira Filho, fez cursos para ensinar a modalidade e há quatro anos é o instrutor da filha.
Os resultados não demoraram a aparecer. O primeiro troféu veio em janeiro de 1997, no XV Circuito Regional, disputado no Rancho Vello, em Taquaritinga. Paulinha pegou o 5.º lugar na categoria jovem A principiante. De lá para cá, tem marcado presença em competições de alto nível, inclusive na Festa do Peão de Barretos, de onde trouxe um belo troféu.
A menina conta os dias para voltar ao rodeio mais famoso do país, na última semana de agosto. Também está disputando os três tambores na 28.ª Festa do Peão de Boiadeiro de Taquaritinga, que acontece neste fim de semana.
A pequena campeã recita a fórmula para vencer: “Ter confiança na égua e tocar pra frente.”A avó paterna, Vilma, diz que há um outro segredinho, além da meia hora de treino diário. “Antes das provas, ela chama o avô para rezar na capelinha do sítio, pedindo proteção para ela e para as colegas.” Junto com a neta, o avô Paulo faz a oração da Menina Izildinha.
Dona Vilma para um pouco de mexer o tacho de doce de leite para contar que Paula só tem nota 10 no boletim. “O esporte não atrapalha”, contou. Ao contrário, ajuda. O irmãozinho, Gabriel Henrique, de 6 anos, ficou mais calmo depois que também passou a treinar com o pai. A mãe, Milena Prandi Ribeiro Ferreira, dá o maior apoio.
A menina cursa o 3.º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental do Campo Professora Helena Borsetti, em São Lourenço do Turvo. “Gosto de ler e escrever”, disse, emendando que o livro de que mais gostou foi um de poesias infantis de Vinicius de Moraes.
Ela é muito nova ainda para saber o que vai ser quando crescer, mas tem a convicção de que deseja seguir competindo na modalidade. Quando começou, montava a égua Jeice, aposentada das arenas depois de uma cirurgia. Hoje, sua companheira nas provas se chama Brenda Alamitos.
Outro sonho futuro é conquistar a coroa de rainha do rodeio em Taquaritinga. Neste ano, ela foi a madrinha mirim de Ingrid Cantarini, vencedora do concurso, e mostrou que tem estilo. Além de encantar a plateia com sua beleza, tocou berrante. “Foi meu tio Daniel que me ensinou.”

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Campanha do Crea


A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Taquaritinga, entidade que representa oficialmente o Conselho Regional de Engenharia (Crea-SP), lançou uma campanha para conscientizar a população sobre a importância de contratar um profissional habilitado para prestação de serviço. Um outdoor foi instalado na Avenida Paulo Scandar.

Náutico completa 40 anos e constrói Parque das Pedras

Um dos mais antigos clubes associativos da região, o Clube Náutico Taquaritinga completou neste domingo (15) 40 anos de fundação. A inauguração aconteceu em 1970, na véspera do aniversário da cidade. Localizado no km 324 da Rodovia Washington Luís (SP 310), o clube possui uma sede de campo com uma área equivalente a 34 alqueires, com um complexo de quadras e campos de futebol.
A maior obra deste ano será inaugurada neste segundo semestre, provavelmente em outubro, afirmou o presidente Henrique Barros. É o Parque das Pedras, um conjunto aquático que revitalizou uma área próxima ao lago.
Já em fase de acabamento, o parque possui três piscinas de águas correntes – duas para crianças e uma para adultos – revestidas de pedras d’água e com degraus em volta.
De acordo com o diretor José Sérgio Dias, como atrações adicionais, foram instalados escorregadores e um tobogã com formato de serpentina e uma tirolesa, cadeirinha suspensa por um cabo para a diversão dos associados.
Além disso, no entorno do Parque das Pedras surgirá um quiosque-palco, que será utilizado para shows aos domingos e outras atividades de recreação. A área também ganhará um novo paisagismo.
A diretoria do Náutico também prevê a arborização do Condomínio Pássaros e Flores, onde os 300 sócios-fundadores possuem terrenos. No primeiro semestre, o condomínio de casas foi separado do clube por um alambrado, de modo que os proprietários possam receber visitas de pessoas que não são sócias do clube, mediante autorização obtida na secretaria.

O pileque e as bombinhas

Um amigo, leitor do Nosso Jornal, trouxe-me o “causo” de hoje, mas pediu para não ser identificado.
Existia há muitos anos em Taquaritinga o largo São Benedito. Para o leitor ter uma ideia, o terreno ficava onde funciona o supermercado Ricoy atualmente. Os parques, circos e touradas que vinham para a cidade instalavam-se exatamente naquele local. Certa vez, o pessoal do bairro realizava ali uma grandiosa festa junina. Muita gente compareceu ao evento. Batata-doce, pipoca, fogueira e rojões tornavam ainda mais alegre aquela noite fria de junho. Um rapaz bem “mamadão”, que passava por ali, parou para ver o acontecimento.
O cidadão vestia um paletó e trazia nos bolsos uma grande quantidade de traques, bombinhas e buscapés. Ao tentar pular a fogueira, uma labareda alcançou a parte traseira de seu paletó e o fogo atingiu rapidamente os bolsos onde estavam os explosivos.
As bombas explodiam em seus bolsos, e ele, desesperado, corria para todos os lados e não conseguia tirar o paletó.
Quando terminaram as explosões, o pileque do moço já havia até desaparecido. Com a roupa toda queimada e o corpo ardendo em brasas, foi levado imediatamente ao pronto-socorro.
Outras festas foram realizadas, mas o bebum nunca mais compareceu para prestigiá-las.

Ângelo Bartholomeu, o Angelim, é cabeleireiro e gosta de ouvir e contar “causos”.

GABRIEL NO CINEMA


Gabriel Miziara é o protagonista de Espadas de Papel, filme sobre a ditadura

O ator taquaritinguense Gabriel Miziara, de 32 anos, é o protagonista do filme Espadas de Papel, o primeiro longa-metragem de ficção do diretor Renato Tapajós, cineasta premiado, que tem em sua trajetória muitos documentários. Apesar de ser jovem, o ator já é tarimbado nos palcos e agora interpreta o papel principal.
O filme é sobre a ditadura militar. Experiente no teatro, Gabriel viverá Rodrigo, militante da Ala Vermelha que foi preso e torturado pela Operação Bandeirante (Oban) e depois no Departamento de Ordem Política e Social (Deops). A história se passa em 1969, em pleno recrudescimento do regime.
A Oban foi um centro de informações, investigações e torturas montado pelo Exército do Brasil em 1969, que a coordenava e integrava as ações dos órgãos de combate às organizações armadas de esquerda que tinham por objetivo confrontar o regime militar que vigorava desde 1964 no Brasil.
As gravações foram concluídas no domingo (8), um mês depois de ini-ciadas. Os primeiros três dias de filmagem foram reservados às cenas de tortura. O lançamento está previsto para o segundo semestre do ano que vem. “Gravávamos durante 12 horas por dia, trabalhamos muito. Fazíamos, em média, de duas a três cenas por dia. Tivemos cenas que duraram um dia e meio, como a em que me penduravam e torturavam no pau-de-arara. Por isso digo sempre: cinema é a arte de esperar”, contou ele em entrevista exclusiva ao NJ.
O ator tem o teatro como sua grande paixão. “O teatro, podemos dizer que é o instante. Aquele espetáculo que o público vê naquela noite é único, aconteceu ali, com aquelas pessoas. Nós atores temos como instrumento de trabalho nosso ofí- cio, nosso corpo, nosso aparelho psicofísico, portanto, o dia influencia diretamente o trabalho que será feito à noite”, afirmou.
Durante sua empreitada como ator, Gabriel já trabalhou com alguns artistas brasileiros renomados – Ligia Cortez, Cristina Mutarelli, Débora Duboc, Marcelo Médici, Cauã Reymond, entre outros tantos.
No ano passado, o ator interpretou seu primeiro papel na televisão, participando do elenco de “Vende-se Um Véu de Noiva”, novela do SBT adaptada por Iris Abravanel, baseada na obra homônima de Janete Clair, com direção geral de Del Rangel. Na primeira fase da novela, Gabriel era o mordomo de Eunice (Samantha Dalsoglio). Na segunda fase, os atores mudaram para marcar a passagem de tempo – 28 anos. O mordomo, que era interpretado por Gabriel Miziara, passou a ser vivido por Ariel Moshe. A novela foi escrita na década de 60, para a Rádio Nacional.
Para Gabriel, fazer novela é deli-cioso, só que muito rápido. São de 15 a 20 cenas gravadas por dia. “O cinema e o teatro são parecidos na questão de serem artesanais – tudo demora mais para acontecer. Novela é uma delícia”, explicou ele, que é o irmão mais novo de Lívia e Anelisa. O pai, Sérgio, morreu quando o filho tinha 16 anos.
Para completar os dez anos de existência da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, o próximo trabalho do ator será nos palcos. É uma comédia de William Shakespeare chamada “Do Jeito Que Você Gosta”, que estreará na capital paulista.
Há 13 anos o ator deixou Taquaritinga, mas ele tem uma grande consideração pela cidade. “Eu tenho um profundo carinho por Taquaritinga e vou dar meus parabéns pelos seus 118 anos de emancipação. Embora eu vá muito pouco por causa do meu trabalho, o meu coração sempre ronda a Rua Clineu Braga de Magalhães, onde passei a minha infância e o começo de adolescência”, comentou
A “mãe coruja” de Gabriel, a professora aposentada Sylvia Miziara, acrescenta que o filho está colhendo os frutos que plantou. “Ele é perseverante naquilo que faz. Logo que saiu da escola, já foi para São Paulo fazer artes cênicas, tudo o que ele sonhava. Hoje vemos como ele está bem.”
Gabriel encerrou a entrevista dizendo: “Eu faço o que eu amo, e quando a gente ama o que se faz, o trabalho não é trabalho, é diversão”.
Natalia Galati

Que presentão!

Belo presente os canavieiros deram a Taquaritinga no dia em que a cidade fazia aniversário. Os quintais ficaram repletos de fuligem e a atmosfera, impregnada de fumaça, quase comprometendo o show de Chitãozinho & Xororó, na praça central da cidade. É a mesma ladainha: foi incêndio criminoso, alguém botou fogo. Nunca (repita-se) nunca se achará o culpado pelo crime, um veneno para a saúde da população, especialmente crianças e idosos.
Nilton Morselli

Festa na internet

A jornalista Alessandra Castilho colocou no ar um site – muito bem produzido – sobre o mundo do rodeio. Lá, tem todas as informações sobre a 28.ª Festa do Peão de Boiadeiro, que vai até este domingo (15). Há também um espaço destinado à história do Clube de Rodeio Os Pampas, com fotos da construção do recinto. Veja em www. rodeioshow taquaritinga.com.br.

Novo cidadão

Muitos se perguntaram por que a Câmara de Taquaritinga concedeu um título de cidadania ao padre Oscar Quevedo. É que o sacerdote-parapsicólogo, conhecido por participar de programas de TV, é amigo do ex-vereador Tadinho Sobral, que solicitou a homenagem ao padre. Porém, ele não compareceu à sessão solene de sexta-feira (13). Avisou antecipadamente que teria um compromisso na data, mas prometeu reservar uma vaga em sua agenda para buscar o título.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Se ficar o bicho...

Em artigo anterior escrevi que anularei o voto. Nem Dilma, nem Serra. Ambos não passam de “farinha do mesmo saco” – expressão originária do governo de D. Pedro II, o admirável imperador filósofo. Nada tão igual ao Partido Conservador do que o Partido Liberal, afirmavam os imperiais comentaristas políticos daqueles idos, que vivenciaram o parlamentarismo às avessas. Contemporaneamente é lícito parafrasearmos: nada tão igual ao PT do que o PSDB. O primeiro, constituído majoritariamente por burgueses, finge representar os trabalhadores, ou seja, o “povo”; o segundo, constituído majoritariamente por burgueses, finge representar os trabalhadores, ou seja, o “povo”. No frigir dos ovos, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da república, sejam do PT, do PSDB, do PTB, do PDT, etc., etc., (Ufa!) e etc. e tal, quando no exercício de seus cargos, representam-se a si próprios e aos seus interesses particularíssimos. Convenhamos: de bobo eles não têm é nada.
Nós, que reclamávamos tanto da ditadura militar e seu bipartidarismo, agora, em plena democracia pluripartidária, transformamos as eleições em um verdadeiro circo. Mambembe. Daqueles de lona velha e remendada, com o leão desdentado e um anão que não pára de crescer. Enfim, um descalabro.
O problema não é a próxima eleição presidencial. O problema, senhores, é o que virá depois dela. Enfrentaremos um período de instabilidade política e social desconhecido pela geração mais nova. Reflitamos. Se Dilma vencer e colocar em prática as idéias radicais apresentadas em seu primeiro projeto de governo registrado no TSE (criação de impostos sobre as grandes fortunas, etc.) a classe média e a classe alta reagirão, implorando para alguém manter a ordem e preservar os direitos “sagrados” relativos à propriedade privada. (Os burguesões que votarão em Dilma compram gato por lebre. Terão uma surpresa desagradável quando acordarem de sua letargia política.) Contudo, se Serra ganhar – aguardem e verão –, o ex-presidente da UNE não conseguirá governar. Os partidos de esquerda não lhe darão trégua nem sossego: organizarão manifestações contra atos governamentais de cunho impopular; as centrais dos trabalhadores farão greves nacionais exigindo aumentos irrealistas de salário para todas as categorias; os congressistas da oposição criarão incontáveis obstáculos para impedir a aprovação de qualquer projeto que, além de beneficiar diretamente o povo, possa trazer alguma popularidade ao presidente Serra, etc.
Podem me chamar de pessimista, porém não vejo perspectivas de normalidade democrática no quadro político que surgirá logo após este conturbado período eleitoral. O governo do próximo presidente não será fácil, seja ele quem for. Estamos na mesma situação desconfortável daquele rato encurralado pelo gato, do famoso dilema: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Os amigos leitores acreditam existir uma terceira opção?
PROF. GILBERTO TANNUS

EDITORIAL

Luta inglória

O brasileiro nunca afrontou tanto as leis como agora. O exemplo “vem de cima”, como preceitua uma frase batida, mas sempre verdadeira. As diversas notícias segundo as quais os principais candidatos à Presidência da República (e o próprio presidente Lula) foram multados por fazer propaganda eleitoral antecipada são emblemas dessa triste realidade. Se eles, que deveriam ser defensores da ordem democrática, não se furtam à oportunidade de massacrá-la, imagine o cidadão diante de pequenas infrações.
As “escorregadas” da gente graúda da política nacional se refletem diretamente numa parte da sociedade. Enquanto alguns ficam indignados com tamanha desfaçatez, outros absorvem tais informações como sinal de que tudo é permitido no Brasil sem dono. O mau exemplo na vida pública é antigo e se sucede com desenvoltura nos tempos de agora, haja vista o péssimo conceito de que padecem as mais altas casas legislativas do país. O que não falta é deputado e senador pego com a ficha suja – e ainda piamente crentes de que podem limpá-la a todo custo e a qualquer preço.
O comportamento abominável no andar de cima levou a camada de baixo a achar que também pode tudo, sem nada temer. No entanto, a blindagem que existe lá não se repete cá. Ao contrário do que recomenda a Constituição, os homens não são iguais, nem perante as leis muito menos perante a impunidade. Afrontam-se as leis sem imaginar que, um dia, o castigo virá.
Neste ano, Taquaritinga baterá um recorde de prisões por tráfico de entorpecentes. Todos os dias, dois ou três infelizes são detidos com drogas – pedras de crack, em 95% dos casos. Será que essas pessoas não ficaram sabendo que a polícia fechou o cerco? As sucessivas notícias na imprensa não as fazem pensar duas vezes antes de sair por aí vendendo droga? Agora uma afirmação: apesar de convictas do trabalho eficiente da autoridade, elas continuam pensando que, mesmo pegas, serão livres. Mal sabem elas que a sensação de impunidade não as tornam infensas ao braço do Estado.
Infelizmente, o brasileiro de todas as escalas sociais deixou de temer as leis, o que é muito perigoso. Contra essa maré atávica, a Justiça faz o que pode, mas trava sozinha uma luta inglória. Os legisladores preferem afrouxar, em vez de afinar os mecanismos para que o país seja mais decente.

Paróquia realiza a Semana da Família

A Paróquia de São Francisco de Assis realiza, desde sábado (7), a Semana da Família. O evento se estende até o próximo domingo (15), com o tema “Família formadora de valores humanos e cristãos”.
A programação segue:
Segunda-feira (9), 19h30: reza do terço em todas as comunidades em favor da família.
Terça-feira (10), 19h30: palestra com tema do evento, na Matriz de São Francisco de Assis.
Quarta-feira (11), 19h30: procissão de Santa Clara, saída da Matriz de São Francisco, em direção ao bairro Francisco Romano.
Quinta-feira (12), 19h30: adoração eucarística com leitura orante da Bíblia em todas as comunidades.
Sexta-feira (13), 19h30: filme sobre a família, na Matriz de São Francisco.
Domingo (15), 19h30: missa final na Matriz de São Francisco.

Chegou à metade

A Prefeitura de Taquaritinga já pagou aos antigos proprietários do Cine São Pedro a importância de R$ 663 mil. Desse montante, R$ 263 mil foram dados como sinal, ou seja, no ato da desapropriação, em março de 2009. No mês passado, foi quitada a 16.ª das 42 parcelas de R$ 25 mil. Portanto, restam 26 prestações (R$ 650 mil) para concluir a aquisição. O custo total da transação será de 1,313 milhão. A intenção é transformar o imóvel em centro cultural.
NILTON MORSELLI

Augusto Nunes será um dos entrevistadores fixos do Roda Viva

Presidente do Nosso Jornal e colunista do portal eletrônico da revista “Veja”, Augusto Nunes acumula mais um trabalho a partir de 30 de agosto. Ele será um dos dois apresentadores fixos do “Roda Viva”, da TV Cultura. Nessa data, o programa estreará um novo formato, com a apresentação de Marília Gabriela.
O mais famoso programa de entrevistas da televisão brasileira completará 24 anos. Pela primeira vez, terá como âncora a jornalista e atriz, que manterá seus talk-shows no SBT e no GNT.
O outro jornalista que participará da atração em todas as segundas-feiras é Paulo Moreira Leite, que foi diretor de redação da revista “Época” e redator chefe da “Veja”, cargos também ocupados por Augusto.
Foi Marília Gabriela quem formulou o convite à dupla de amigos para acompanhá-la no programa, que também terá outros dois jornalistas convidados a cada semana. Augusto apresentou o “Roda Viva” entre 1987 e 1989 e, depois, participou inúmeras vezes como entrevistador.
Em junho, a TV Cultura passou a ser presida pelo ex-ministro do Planejamento João Sayad, que assumiu o cargo até então ocupado por Paulo Markun. As mudanças são fruto da nova gestão. Até o fim do mês, o programa continua sendo apresentado por Heródoto Barbeiro.

A SEMANA

Vamos falar de coisas boas. Consegui mais 3 leitores, e meu prestígio subiu, na redação. Vanessa Del Grossi, amiga-irmã da minha filha Lívia, disse que gosta da coluna. Ela é casada com o dr. Rodrigo Goldbaum Rezende, cirurgião dentista, e residem em Ribeirão Preto. O Martinelli, da estamparia situada perto do recinto dos Pampas, gostou da matéria que escrevi que eu como e bebo o que quero, sem dar confiança para os “cientistas” que a cada ano botam um alimento como vilão, e depois o tiram da lista. O ovo tinha colesterol ruim, agora não tem mais, por exemplo.

Apenas tomo um remédio, de manhã, recomendado pelo meu cunhado, dr. Mário Abbud Filho, nefrologista de renome internacional, para regular minha pressão, que está nos trinques. A última revista “Época” publicou um estudo no sentido de que devemos tirar o sal da comida. “Tá pra eles”, pena que não dá para ver a “banana” que estou dando com meus braços. Não há tempero que substitua o sal. Se ele fosse tão deletério, os índios brasileiros, do planalto central, que não o conheciam, quando os portugueses aqui chegaram, viveriam oitocentos anos.

Outra leitora, a Ivone Feriolli, amiga de escola da minha mulher, Diva. Disse que gosta da coluna. O pai dela, que os amigos chamavam de Geraldo, na verdade se chamava Veraldo Feriolli. Grande marceneiro e carpinteiro. Quando ganhei um espaço de terra, na região de Borborema, para fazer o tablado de pesca, o Veraldo o construiu. O Ribeirão dos Porcos, na região, era fundo, já chegando no rio Tietê. Era de se ver o Veraldo, com a água na altura do peito, dentro da água, martelando as vigas. O tablado ficou espetacular. Fico muito agradecido a todos os que acompanham a trajetória deste escrivinhador.
FLANS

A construção de uma carreira

Há 18 anos, a taquaritinguense Luciana Ferrarezi entrou na Etec
como estagiária e agora acaba de assumir como diretora da Fatec


Na segunda-feira (2), a professora Luciana Aparecida Ferrarezi despachava como diretora da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Taquaritinga. O primeiro dia no cargo também foi preenchido com ações, preparadas por ela, para recepcionar os calouros, em três períodos. Não demonstrava sinais de cansaço nem falta de entrosamento com as coisas da instituição. Luciana trabalha lá desde o começo.
Impossível para ela não lembrar dos primeiros dias. Há 20 anos, ela ingressava na Escola Técnica Estadual (Etec) Dr. Adail Nunes da Silva como aluna do curso noturno de processamento de dados e ensino médio. De manhã, também fazia o segundo grau na Escola Estadual Francisco Silveira Coelho. Dois anos depois, conquistaria um estágio na Etec, que lhe abriu as portas para a carreira acadêmica.
“Desde criança, escolhi ser professora. Nunca imaginei que pudesse ser diferente”, contou a nova diretora, cujo esforço comprova o axioma de que a educação tem o poder de transformar a vida e melhorar o futuro.
A construção de sua carreira acadêmica, ela tem certeza, começou no tempo em que enfrentava o barro das estradas de terra para esperar a condução que a levaria à escola. Como morava no sítio, levantava às 4 horas da madrugada e cumpria todo o trajeto da linha rural para, enfim, estar na sala de aula às 7h.
“Nunca pensei em desistir”, afirmou Luciana, um caso de vocação pelo ensino, como demonstrariam mais tarde as dificuldades para conquistar outros degraus. Em 1994, fez o curso de matemática no Centro Universitário de Araraquara graças a uma bolsa franqueada por sua madrinha e amiga, a professora Maria Hermínia Veiga.
Uma sequência de fatos positivos nunca permitiu que Luciana ficasse longe do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, mantenedor das Etecs e das Fatecs. Em 4 de janeiro de 1994, quatro dias depois do fim de seu estágio na escola, ingressou por concurso como auxiliar docente na faculdade, cargo que ocupou até 31 de julho de 2006. No dia seguinte, assumiu como professora associada nível I, na área de matemática.
Esse salto profissional foi em virtude do título de mestre em educação matemática, conquistado “a duras penas” na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro. Quando ingressara, em 2003, já imaginava as adversidades. Nesse mesmo ano, perderia seu pai. Filha mais velha de três irmãos e pilar financeiro da família, quase sempre tinha de optar por uma refeição frugal, de modo que não faltasse dinheiro para o ônibus que a trazia de volta a Taquaritinga.
Ao colar grau no mestrado, em 2006, Luciana viu-se obrigada a recusar o convite para seguir os estudos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Queria ficar mais perto de casa e do trabalho. No segundo semestre, passou no programa de doutorado no Departamento de Educação Escolar da Unesp de Araraquara. No dia 30 de maio deste ano, defendeu a tese.
Mais uma vez a oportunidade bateu à porta da professora justamente no momento em que ela estava preparada. Com o título em mãos, Luciana soube da abertura das inscrições para a diretoria da unidade. Além dela, o professor Carlos Regatieri entrou na disputa. A decisão foi uma entrevista com o vice-superintendente do Ceeteps, Cesar Silva, e com o coordenador de ensino superior de graduação, Angelo Luiz Cortelazzo.
Por um tempo, a diretora vai acumular o cargo de coordenadora do curso de produção industrial, para o qual foi indicada, em lista tríplice, no mês de março. “Isso até a designação de um novo coordenador”, observou. Neste segundo semestre, trabalho é o que não vai faltar, já que o campus da Fatec de Taquaritinga vai se transformar em um canteiro de obras.
Expostos no bloco administrativo da unidade, os projetos exibem uma transformação estrutural que marcará a maior expansão desde a instalação da primeira escola supe- rior de Taquaritinga. As mudanças começam com a construção de uma portaria, de uma passarela de pedestres, do estacionamento e passam pela revitalização das ruas.
O maior benefício será na parte educacional: dois novos pavilhões serão erguidos, um destinado aos laboratórios de tecnologia da informação e outro para acomodar os equipamentos do curso de produção que ainda estão encaixotados por falta de espaço. Também será possível a instalação de um programa de pós-graduação.
Luciana afirma não se intimidar diante do volume de trabalho. Disse que a inserção da Fatec na comunidade, da cidade e da região, é um dos pontos a ser perseguido. Em sua proposta de trabalho, as parcerias com empresas do setor industrial têm espaço garantido. “Nossa Fatec é a única no Brasil que possui uma linha de montagem com robôs, importada da Alemanha.” O equipamento, usado para ensinar os alunos, custou cerca de R$ 1,8 milhão.
NILTON MORSELLI

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Jurupema - 92 anos


Jurupema, distrito pertencente ao município de Taquaritinga, faz aniversário nesta terça-feira (3). Sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 569 habitantes. Ele foi criado pela Lei 1.315, de 3 de agosto 1912. Portanto, já se vão 92 anos.
Nessa data, o lugarejo emoldurado por uma natureza exuberante passou a se chamar oficialmente Jurema, nome indígena já consagrado entre os moradores – foi extraído do espinheiro suculento, cujo sumo produz sonhos e êxtases. O distrito foi criado de forma oficial poucos dias antes de o município completar 20 anos de emancipação.
No 30 de novembro de 1944, Jurema passaria a se chamar Jurupema, um nome mais sonoro.
NILTON MORSELLI

VENCEMOS!!!



Pela segunda vez consecutiva o Nosso Jornal ganhou o concurso da Rainha da Festa do Peão de Boiadeiro de Taquaritinga. A comerciária e estudante Ingrid Cantarini, de 17 anos, patrocinada por nós, esbanjou sua beleza no palco e foi o destaque da noite de 31 de julho, no Ginásio de Esportes Manoel dos Santos. A modelo teve 354,5 pontos.
A 1.ª princesa, com 353 pontos, foi Gislene Gonçalves dos Santos, patrocinada pela Diniz Lopes Empreendimentos. A 2.ª princesa é Renata Valentina Bigolotti, com 351 pontos, representando o Reis das Roupas Feitas. Suelen Giglio, com 346 pontos, da Pacific Blue, é a 3.ª princesa.
A madrinha do peão foi Priscila Vidal, com 2.050 votos. Eleito como garoto rodeio, Rafael Rotondo somou 363 pontos. Ele desfilou pela Pyramid Rodas, Buffet Faça Festa e Agulha Citrus.
Não é a primeira vez que o concurso elege uma candidata patrocinada pelo Nosso Jornal. Em 2007, Natana Bortolani foi vencedora. Dois anos depois, a faixa principal do evento foi para Gabriela Mendes, que também representou o Nosso Jornal.

Além da bota e do chapéu

Dos pés à cabeça, a moda country
chega com a proximidade
das festas de peão


Com a proximidade das tradicionais festas de peão de boiadeiro de Taquaritinga e de Barretos, é hora de começar a se preparar. A moda country, sempre em alta nas baladas sertanejas, já está nas ruas e nas passarelas. O estilo vai da cabeça aos pés.
Ela está em ascensão, tanto no interior como nas grandes capitais, e consiste no uso de materiais mais rústico, como couro e franjas. O xadrez está sendo bem aproveitado, tanto para coleções masculinas quanto para femininas, as botas, mesmo que não tenham uma estética completamente country, também estão sendo bastante usadas, e o jeans e o couro nunca saem de moda.
Estudante do 3.º ano de moda na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, Mirela Malaman diz que, para incorporar o estilo, nada mais cabível do que um belo par de botas de caubói, que caem super bem com o jeans, da mesma maneira que se usam as botas de montaria, ou, para as mais descoladas, com vestidos soltinhos, que também ficam um charme. “O único cuidado é sempre escolher apenas uma peça evidente e combiná-la com outras neutras para não parecer que saímos do figurino de um filme de faroeste”, afirmou.
Os looks podem ir do básico ao mais complexo, do barato ao mais caro, o que importa é entrar na moda. “Não há como evitar: camisa xadrez é country, assim como botas coubói de montaria, franjas em tecidos rústicos, coletes de couro, camurça, entre outros acessórios ainda mais evidentes, como cintos de fivela e chapéus”, explicou Mirela.
De acordo com o proprietário da Original Country, Tony Lobo, a grande novidade deste ano no estilo country é o chapéu feminino de palha aberta, porque é furado e trançado, então sai do tradicional. Outra inovação que vem com todo o destaque para as festas são os cintos de strass, que está sendo muito procurado. A bota de couro de avestruz e a bota escamada são a grande diferença da loja neste ano.
“Pelo fato de a nossa loja ser especializada na moda country, esta época do ano, que junta a festa do peão de Taquaritinga e a de Barretos, as vendas ficam aquecidas. A nossa clientela, que é de 90% da região, como Araraquara, Matão, Ibitinga, Itápolis, entre outras cidades, compra o ano inteiro, mas em especial nesta época”, contou Tony.
A camiseta básica pode ser realçada com um belo lenço e, se gostar, use e abuse dos coletes, em diferentes materiais. “Ao invés de o figurino montado no subconsciente quando a ocasião é a festa do peão, opte por uma ou duas peças fortes e as encaixe num look mais neutro, possibilitando estar no clima e ao mesmo tempo evitar o figurino”, afirmou a estudante de moda.
A farmacêutica Sandryara de Pietro, de 23 anos, é adepta. “Gosto muito da moda country, mas tem que saber usar um elemento de cada vez, se a pessoa não quer ficar fantasiada. Camisas xadrez também são bem legais. Além das roupas, eu gosto muito das músicas. Gosto muito de participar de rodeios, sempre que tem eu vou. Sou tão apaixonada que já fui para Jaguariúna, que é perto de Campinas e General Salgado, na divisa de Mato Grosso.”
O estilo country voltou a ganhar os holofotes com o lançamento do álbum “Music” (2000), de Madonna, onde a diva americana aparece na capa e em clipes no melhor estilo “cowgirl chique”. E até então esse jeito de se vestir não para de ganhar espaço, em desfiles e editoriais nos mais diversos lugares do mundo.
A bota country está cada dia mais exuberante e o diferencial está nos detalhes dos canos bordados coloridos, couros exóticos, de jacaré, avestruz e cobra.
Ailton Micalli, especialista na produção de bota country na cidade, já tem encomendas até para outubro. “Nesta época, as vendas disparam e a procura é maior. As botas são feitas todas sob medida, tanto para homem quanto para mulher. Geralmente as pessoas têm a perna fina e a bota fica larga, outra a batata da perna é grossa e não fecha o zíper”, explicou. Daí a facilidade da bota sob medida.
Ele diz que procura fazer os calçados sempre no mesmo estilo, que é o country, para não haver muitas alterações. “As vezes muda alguma coisinha, como a altura, a cor, o bico e o salto”, ressaltou Ailton, que está no ramo há mais de 40 anos.

Caubói – Rafael Lulli, auxiliar de escritório de 24 anos, adotou essa forma de vestir. “Festa do peão para mim é sempre muito legal, ainda mais eu que gosto do estilo de caubói. Neste, ano por exemplo, eu vou conhecer a festa de Barretos, a mais famosa do Brasil. As músicas sertanejas também fazem parte do meu estilo musical, porque eu convivo nos ambientes de festa de rodeio. Com a movimentação, os domingos de dia na praça também são sempre prazerosos e agora está chegando a festa da cidade, os desfiles, então a gente se diverte com os churrascos na praça”.
NATALIA GALATI


Sandryara diz ser apaixonada por festas de peão

IBGE sai às ruas a partir de hoje

O primeiro censo demográfico do século 21 começa hoje (2). É a maior operação coletiva realizada, com um exército de 230 mil profissionais percorrendo os 58 milhões de domicílios do país. Tudo com o objetivo de revelar à sociedade, aos órgãos públicos e privados, um retrato fiel do Brasil: quantos e como somos e de que forma vivemos.
A agência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de Taquaritinga é responsável por uma subárea que abrange outros sete municípios. Dos 143 recenseadores contratados, 55 vão trabalhar na pesquisa em Taquaritinga.
De acordo com a coordenadora da subárea de Taquaritinga, Vanessa Soares de Abreu, eles visitarão todas as casas para aplicar um dos dois tipos de questionário.
Um deles, exclusivo para uma amostra de domicílios escolhidos, registrará suas características, bem como os hábitos de seus moradores. Os resultados serão estendidos para toda a população, de forma estimada.
O outro questionário, que será utilizado em lares não selecionados para a amostra, possui um número menor de quesitos. Por meio dele, será possível coletar características básicas dos domicílios e seus moradores.
Os resultados do Censo 2010 vão ajudar o Brasil a se planejar para os próximos dez anos, tanto em termos de definição de políticas públicas como das decisões de investimento da iniciativa privada.
Todos os municípios possuem pelo menos um posto de coleta montado para a realização do censo. As demais cidades ligadas ao IBGE de Taquaritinga são Cândido Rodrigues, Dobrada, Fernando Prestes, Monte Alto, Pirangi, Santa Ernestina e Vista Alegre do Alto.

Douglas Jr., o Neguinho



1 – Li, na “Folha de S. Paulo”, que morreu um dos integrantes do conjunto “Nilo Amaro e seus cantores de ébano”, que fez muito sucesso, na década de 60. Ele nasceu em Taquaritinga, e se chamava Douglas João de Almeida, mas era conhecido por “Neguinho”. Muitos se lembram dele, porque foi dono do “Bar da Toca”, defronte ao Clube Imperial, antes de ir para São Paulo tentar a vida artística. Foi uma das melhores pessoas que conheci na minha vida.

2 – Minha família morava no bairro Faroeste, quando lá apareceu um menino negro, pobre, sorridente. Logo, pegou o apelido de “Neguinho” e minha mãe já fez com que ele se sentisse da família. Morava na Vila Rosa, apenas com a avó, sendo órfão de pai de mãe. Mesmo assim, fazia a alegria da turma. Depois, mudamos para o bairro do “Bom Retiro”, e o “Neguinho” nos acompanhou. Aparecia toda manhã, para brincar, e mesmo sendo pouco mais velho de idade, tinha o mesmo espírito infantil de todos nós.

3 – Chefiava as brincadeiras e era o palhaço do “cirquinho” que ele organizava no quintal. Fazia todo o mundo rir, mesmo porque o sorriso era marca registrada dele. Uma vez, quando a cadeira elétrica estava no auge, nos Estados Unidos, resolvemos, com o consentimento dele, executar o “Neguinho”. Um moleque da turma que se chamava Sílvio Rodolfo Bertilacchi, tinha apelido, no começo, de “Chuquinha”, por causa do cabelo, mas depois ficou “Juquinha”. Ele não era gente, de tão peralta. Era um menino de grande pureza e inteligência, muito amigo. A mãe dele era uma costureira extremamente triste e bondosa, da família Benatti (d. Adélia).

4 – O “Juquinha” arrumou metade de uma lata de queijo “Palmira” (queijo do reino), redonda, de metal. Cabia direitinho na cabeça dos moleques. Colocamos o “Neguinho” numa cadeira, pusemos o “capacete” nele, mas havíamos feito um furo em cima da lata, e por lá passamos o fio elétrico que havia no quartinho dos fundos da casa (hoje se chama edícula), ao lado da lâmpada. Na hora da “execução”, quando íamos acionar o interruptor (acho que não aconteceria nada, sei lá), chegou meu irmão Tato Nunes, que era fã do “Neguinho”.

5 – O Tato deu um escândalo, embora fosse pequeno, gritou pelo pai e pela mãe, e quando os adultos chegaram, desmancharam a máquina letal. O Juquinha e os outros correram, como o Manoelito Curti. Eu levei uns pés-d’ouvidos. Quanto ao “Neguinho”, ria, sentado na cadeira. Senti muito a morte dele. Estava morando no Mato Grosso, em Juína, e morreu em Cuiabá. Depois que o conjunto em que ele cantava, profissionalmente, em São Paulo, acabou, ele não voltou mais a Taquaritinga. Senti, muito, a morte de uma das pessoas mais alegres que conheci, com um sorriso inconfundível, apesar de todas as dificuldades por que passou, principalmente na infância.

6 – Recebi uma carta linda do meu amigo de infância e juventude, o professor João Nucci. Como ele lê este jornal semanalmente, vou responder por esta coluna. Ele é irmão dos donos da ótima loja “Rei das Roupas Feitas”. Foi para Votuporanga, e por lá ficou, lecionando até se aposentar. Há uns anos, na mesma época do acidente de carro de que fui acometido, ele também foi vítima de um acidente vascular cerebral. Graças a Deus, nós dois nos recuperamos e estamos prontos para voltar a jogar futebol, nos campinhos da nossa época.

7 – Jogávamos em um terreno baldio, onde depois foi construído o prédio dos Correios (a única obra que o governo federal fez em Taquaritinga desde a fundação da cidade). Norberto Bonazzi, Zezé de Barros, José Domingos Costa, João Nucci, eu e muitos outros. Uma das características do João é que, se a bola viesse a 10 ou 20 cm do solo, ele rebatia de cabeça, não com os pés. Contou-me ele da sua vida e do orgulho de ter três filhos adultos, formados universitários. Sei como ele lutou. Na carta, ele relembra os amigos da época. Ao ler a correspondência, manuscrita com letra firme, depois do que ele passou, fiquei muito emocionado.

8 – Na década de 50, havia muito pouco piano em Taquaritinga. Algumas famílias, portanto, alugavam o instrumento, para reforçar o orçamento, naqueles tempos difíceis. Em casa, não havia piano, então, eu tinha de alugar, para praticar os exercícios. Uma família que alugava era de um tenente do Exército, que morava no largo da Santa Casa. Aluguei por uns meses. Depois, fui treinar na casa do Luís Casalli, que era pianista e gerente da Rádio Clube Imperial. Paguei por uns meses.

9 – Mas vou lembrar agora, com muita gratidão, de duas pessoas que não alugavam piano para ninguém e me deixaram praticar os exercícios, gratuitamente, na casa delas: dona Josefina Curti, quando minha família já havia se mudado para o bairro do Bom Retiro, e dona Isaura Molinari Goldbaum, nossa vizinha no Faroeste. Infelizmente, ambas falecidas. Dona Isaura, pessoa boníssima, morreu na semana passada, com quase um século de vida. Era viúva do respeitado comerciante Isaac Goldbaum, cujo armazém ficava na esquina da rua da casa onde eu morava, mãe da Sônia e da Zelda. Era irmã de outra pessoa que me marcou pela bondade: Albano Molinari. Os castelos e os sonhos da minha infância, aos poucos, vão se desfazendo. Ficam as lembranças. Que pena.

10 – Credo, gente, chega de tristeza. Até parece que sou palmeirense! Vou precisar ir ao bar do Gérson, o “Biliscão”, para dar risada com o Dirso Mantovani, com o Valdir do gás e todo aquele pessoal que não tem tristeza. Vou transcrever duas piadas horrorosas, para provocar os amigos do meu filho Marco Aurélio. Primeira. No convento. “As duas freirinhas acabaram de orar e foram se recolher para dormir. Uma diz: durma com Deus, no que a outra responde: fazer o quê, né?” Outra, mais infame: “Duas amigas se encontram. – Maria, é verdade que seu marido fugiu com a empregada? – É sim, responde a amiga. – Logo com a sua empregada... Como você ficou, amiga? – Na verdade eu não estou me incomodando nada... Eu ia mandar a empregada embora mesmo!”
FLANS

Um gesto de cavalheiro

A história de hoje é bem mais antiga do que as contadas até agora. O meu amigo Gino Andreis, centroavante e grande artilheiro dos anos 60, foi quem me falou deste acontecimento. Uma senhora e duas crianças caminhavam pela estrada velha do Turvo, quando foram surpreendidas por um grande temporal, com raios e trovões. A ventania parecia arrancar os eucaliptos que ladeavam aquela vicinal.
Um cavaleiro que passava por ali, vendo-as em desespero, parou para socorrê-las. Colocou as crianças sobre o cavalo, cobriu-as com sua capa boiadeira e saiu enfrentando todo aquele mau tempo. Em dado momento, o homem perguntou porque ela escolhera justamente aquela hora para sair de casa. Com a tempestade mais calma e a mulher mais tranquila, explicou:
“Fiquei sabendo que hoje irá passar por aqui um bandido muito perigoso chamado Lino Catarino. Por isso estou indo para a cidade. Vou passar a noite por lá na casa dos meus parentes.
Quando chegaram na entrada da cidade, o cidadão calmamente tirou os garotos do lombo do cavalo e educadamente, falou:
– Visite seus parentes sossegada. O Lino Catarino sou eu, e agora estou indo lá pras bandas de São Lourenço do Turvo.
Dizendo isso, montou em seu bonito e ligeiro cavalo e rapidamente desapareceu. A mulher, ainda muito assustada e agradecida, não acreditava em tudo que diziam a respeito daquela pessoa que agiu como um verdadeiro cavalheiro.
ÂNGELO BARTHOLOMEU

Taquaritinguense integra dupla que canta em navios


A dupla Romeu & Renato é veterana em navios de cruzeiros. Há 17 anos, singra por mares nacionais e internacionais cantando para turistas de diversas partes do mundo. Desde a última temporada, o “Renato” é o taquaritinguense Daniel Ordine, irmão de Ulisses & Moisés, dupla de sucesso no interior paulista.
Juntamente com o Romeu, que é de Araraquara, o cantor já trabalhou em navios luxuosos, como Funshal, Grand Mistral, Grand Voyager, Grand Celebration, entre outros, em viagens exclusivas da operadora CVC.
Desde 2006 Daniel já cantava em cruzeiros da empresa. “No ano passado, fui convidado para fazer parte da dupla, já que na ocasião o antigo Renato foi atuar como locutor da Nativa FM de São José do Rio Preto”, contou.
Com a nova formação, a dupla lançou um CD recentemente. A música “Pedindo amor” já está tocando nas rádios. “Temos nossa banda e estamos fazendo muitos shows na região.”
A temporada em alto mar dura 4 meses por ano. “Já estamos de malas prontas para a próxima, que começa em novembro. Ainda não está definido o navio em que vamos embarcar. Talvez vamos no Soberano outra vez, ou no Bleu de France, pela primeira vez em águas brasileiras”, afirmou o Daniel.
Romeu & Renato se apresentaram na Facita deste ano. O próximo show em Taquaritinga também será aberto ao público, na noite de 16 de agosto, na Praça Dr. Waldemar D’Ambrósio, na abertura do show de Chitãozinho e Xororó
Um pouco mais do trabalho deles pode ser visto no site www.romeuerenato.com.br.